2008/09/28

Pigalle

agencia média palavra
ao pedir o copo todo cheio,
sopram dois laivos de
vento na Pigalle,
e Paris está morta,...

são daquelas septicémias
momentâneas que dão
nos grandes
refúgios de quem cria,...

frugaliza o simples acto de beber,
de oscular o copo que
já serviu à puta,
ao general,
ao nazi sorridente de benfazejo,
que fez de anjo antes de
injectar um diabo na alma,....

espera-se o mundo
e dois degraus de
insipiência de mais um
que pensa na Pigalle,
que ousa desfibrar o próprio
ser e desafiar o mundo
à morte,....

mas e o canto da lamechice,
a Pigalle é de nadar em meninas
que querem casar com a virtude,
de pretos mesmo pretos,
que de branco só têm o amor de
mãe,....

anoitece,
Paris continua morta,
e nunca soube tão mal
deixar-se viver em morte
branda.....

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