A santa cruz dos infelizes escorrega nas mãos ímpias e secas de quem desliza por entre o som mudo dos gritos infelizes. 
Pinta-se um, muitos, nenhum sol no horizonte deslizante do dia que se esventra.
A religião sente-se nos poros. Desfaz-te por ser mais forte que a fraqueza que te canta. 
Contas-te por nada, sem sequer fazer por olhar o mundo, adorando o outro que vem atrás.
E almas. 
Sons perfumados de pessoas-conceito. 
Corpos que a terra comeu, passando para o azoto das ideias que o tempo nunca apagará. 
A religião é isto. É aquilo. 
Náo é nada, para ser tudo quando decides à noite enviezar o grito de solidão abafado e,...de dor. 
Não somos aquilo que pensas ser apenas para fazeres sentido na pequenez das tuas abstracções. 
Somos insuficiência. Paraíso invertido com a parcela apenas suficiente de querer continuar, e desdizer a desdita de nunca terem acreditado que tu sabes acreditar. 
Somos povo-chão. Crença afastada destas definições de circunstância, porque definir o que será quando se fechar os olhos, é desaproveitar os olhos abertos para o sangue que pulsa ideias. 
Que desfaz a crosta insana do comodismo, e te dá parcelas de conformismo tão necessário ao inconformismo. 
Eu acredito que sonhar é bom. Desdizer é mau. 
Mais ou menos, será um caminho em que a garantia de tudo isto, se faz por escrever ao superior que não vês, não sentes, tentas ouvir, e acaba confundido com o suor que escorrer do som inconformado das mulheres que choram a infelicidade. 

 
 
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