2009/09/20

O que pode dar algo mas não dá....



Não me recordo da cor. O homem chegou, sentou-se numa cadeira desengonçada que estava esquecida ao fundo do salão do café, e começou a recitar. O caderno confundiu-me. Não me lembro da cor. Percebi que ele tinha escrito tudo à mão, porque lia com dificuldade os contornos das letras. Citava a família, e os amigos, e a consequente forma de ser inaudito, num clima de silêncios falsos.