O fumo saía da chaminé, lambendo o oxigénio ao ar taciturno daquele final de tarde. Desenhavam-se coisas a elas mesmas, quase que numa circunferência mutante, em abraços consequentes às paredes amareladas da casa. No centro, uma mesa espessa, de mogno tímido e já desgastado. Daqueles objectos defuntos, sem préstimo, mas que se imiscuem nas histórias sempre por este ou aquele motivo. O napron ratado, de renda de bilros, dava-lhe um ar corporativo. Soava a sociedades atrasadas e retrógradas, apenas na forma como o vento roçava-se nos pés nus e indefesos do objecto. Havia uma música. Tristezas decompostas, que se soltavam indistintamente em nuvens invisíveis, mas sólidas. Sentia-se mais qualquer coisa indefinida, e sem cheiro....
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