2020/10/29

Ponderado

Desenhei os meus falhanços,
Contei comigo de formas que nunca julguei possíveis,
Tudo ficou escrito como me pediste,
Ponderado,
Livre de figuras de estilo,
Num português que sobrevivesse a si próprio,
Antes de morrer de velhice no canto de um papel gasto,...

Mas nada parece ter resultado,
A voar,
Este era um idioma infértil,
Não iria servir para o que me propunha,
Esta poesia a continuar,
Teria de ser mais desabrida que contida,
Menos desafortunada,...

Seria altura de refletirmos juntos,
por um novo par de ilusões


8 comentários:

  1. Este é um poema suave, quase doce e, como frisa o poeta, ponderado.
    Não entendo muito da arte poética, creio que deverá ser algo que nasce no mais fundo da alma e se vai soltando, livre, e sem grandes pojectos de ser grande. Aí, a grandiosidade surge inopinadamente, e todas as palavras se vão encaixando.

    Não percebo nada, mas quem me ouvor pareço uma expert a dissertar sobre poesia. :-)
    Aqui sinto-me à vontade, acho que a indulgente forma de ser do anfitrião não me inibe.

    Uma boa noite.

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    1. A indulgente forma de ser do anfitrião
      😉
      Gostei. A ler este elogio logo se manhã é bom
      💪

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  2. Mesmo quando se fala da realidade, creio não haver ponderação na linguagem poética, qualquer que seja o idioma. Podemos rabiscar nossos fracassos e nos enchermos de disposição para vencê-los, com objetivo definido. E nos perdermos, mais uma vez. Abraço.

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    Respostas
    1. Ainda bem que a linguagem poética não é ponderada.
      Talvez por isso a poesia seja uma modalidade tão deliciosa da prática da liberdade e da libertação
      🤔
      Obrigado pela presença

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  3. O poema evidência uma vontade colaborante que no entanto parece não ter tido efeito no alguém a quem se dirigiu.
    Bom Dia

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    Respostas
    1. É uma interpretação que ainda não tinha ponderado
      😊
      Obrigado pela presença

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  4. Por vezes, o amor precisa de uma segunda oportunidade.
    O seu poema é excelente, parabéns pelo talento.
    Continuação de boa semana, caro MIguel.
    Abraço.

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