Estava escrito a letras negras, que lentamente se dissolviam
debaixo da chuva persistente. O vento irregular, fazia bailar as folhas das
resmas de jornais, ignorados por entre a multidão que seguia isolada, numa
realidade própria.
O poeta tinha morrido
na noite anterior. Paz à sua alma. Nacionalista, ilustre e capaz descritor das
vicissitudes do ser português, e glória de uma nação com povo aguerrido,
Fernando Pessoa foi levado aos 47 anos. Sobre as cinzas do que deixou, faz
Ricardo Reis a irregular contrição de regressar à Lisboa de 1935.
Sem comentários:
Enviar um comentário
Acha disto que....