Conto-te a história de um homem, que já se esqueceu de ser homem. Ter-lhe-á acontecido quando um dia se debruçou do alto da noite que normalmente o fazia chorar, dizendo-se que existir, seria o contrário de querer procurar algo nos retornos das ideias que não conseguia escrever. Os sentimentos são, basicamente, as ideias que não querem ser descritas e, como tal, para este homem nunca sequer se convencionou um mundo em que pedir para ser feliz, fosse mais que uma utopia.
Respirava, ou pelo menos assim pensava. Comia, também. E ansiava. Esperava, desesperava, e até pedia coisas sem pernas dos minutos que passavam, que o ajudassem a criar um mundo alternativo de inegável retorno efectivo dos sorrisos que valem a pena guardar.
Às brisas de bem querer, respondia com indiferença. Já tinha um jardim. Um pequeno canteiro de sorrisos, onde o mal não queria caber porque não era bem vindo. Nele se sentava, ria, aplaudia e, embevecido, desejava que o tempo congelasse nos determinados momentos em que o tempo finalmente dava razões de que existe por um motivo.
Chamava-se sorte. Dizia da sorte que eram flores a sorrir. Matava indecisões, com mais apreensões. E no fim de tudo, o vazio. O querer abraçar, quem não estava lá.
A forma de tudo, passava por querer. Desejar. Arder em fontes inexplicáveis de qualquer coisa
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