valia-me a memória
de como lhe quis servir um chá,
numa pequena malga de barro,
rachada mas ainda usável,....
aproveitava a sensação
de conforto,
que o seu sorriso,
enquadrado por uma pele
cor de malva,
trazia ao meu estado periclitante,....
ela bebericava,
não se lhe pedisse
a perda de compostura,
isso nunca acontecia,...
tinha preferências
por temas,
pequenas pausas,
a razão angelical
de ser um exemplo em construção,
do que pode ser perfeito,....
e quando acabava
a experiência,
a normalidade voltava a
ser um conceito,
recuperava o meu corpo
em lento decréscimo,
e ela,
apessoada de
mulher que traria a felicidade
de alguém,
regressava a um limbo inalcançável
Lady of the flowers (1895)
Odilon Redon

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