2020/02/11

Odeio qualquer coisa na escrita

amiúde,
reflito se
dourar os escritos,
emprestar a frase certa
à ideia errada,
o deslize imprevisto
à reflexão inconsequente,
servirá para pesar-me no etéreo,
emprestar-me assim
ao que me impossibilito de refletir,
por não querer ter reflexão encorpada,
ideias com tamanho certo
e idade difusa,...

não me considero
assim tanto na escrita,
as perscecuções que
sofri,
não têm campo
sequer num verso,
num deslize,
na falta de rimas
do que acredito
não ter rimas,....

em suma,
o que escrevo está sentado,
sozinho,
 numa esplanada
sem cor,
com um vento inodoro,
que nos rouba a
possibilidade de chegar
onde nunca podemos sequer
repousar o desespero,...

não me apetece
mais sofrer assim,...

preferia trabalhar a
terra com as mãos,
e casar com o que
cultivar para não comer