Do homem que tinha encontrado espaço naquelas invias porções de terra virgem, restava pouco. Soube-se tudo quando respirava, mesmo antes de o mundo ter feito a elipse que, culpada do massacre de ideais, rasgou o céu com a parcimónia que, naqueles dias de suplício, era permitida aos desenbainhados de espírito. Eram pausas simples. Catarros paralisantes, que ele gostava de saborear à luz calma deste mundo de psicóticos enleios. E com tudo o que a rotação de presenças é capaz de desenhar, fez-se assim o que permitiu recuperar da terra o que ela nunca quis dar. Mãos de brutal e desleixada criação literária.
2009/04/21
Regresso I
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