2020/10/25

Fuligem

 Do lado que vejo melhor,

A manhã tira sempre o mesmo casaco,

As fases indistintas dos medos

 das pessoas também,

Apercebo-me da pouca solução 

para a média noção de longe,... 


Levanto-me na parte segura da cama,

A saber que nada ter para dizer,

É o mesmo que refrescar para morrer,... 


Emborco a fuligem de sempre,

E saio com um pé mais curto que a criação,

Rima perdida atrás de rima encontrada,

A minha cabeça é sempre a mesma,

Encostada aos lábios,

Diferente das performances,

Indistintas de tudo em cima do qual voltarei a dormir 




10 comentários:

  1. Desta vez a fuligem tirou-me a possibilidade de elaborar um pensamento coerente sobre o poema, ou então essa foi a intenção do poeta.
    Boa Noite.

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    1. O poeta nunca tem grandes intenções sobre o que escreve
      Deixa sempre tudo ao critério de quem lê
      😊

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  2. Com mais ou menos clareza,- a dita fuligem - não chegou a impedir que antevisse a constante perturbação das palavras.
    O desejo de atingir algo tão inexplicável que nem o poeta sabe bem o que é.
    Eterna inquietação...

    :-)

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    1. Sim, penso que mais uma vez a análise está correta
      O poeta experimenta caminhos que nem ele entende, quanto mais os outros
      😊

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  3. Nem tudo é sempre igual como costuma parecer. E nem sempre do balde que cai sai fuligem. Quem se alimenta de palavras recebe o alvorecer com elas e sobre elas se deita, abraçando a criação. Como leitora, foi o que me chegou. E muito gostei. Abraço.

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  4. Es normal que con esta incertidumbre, las gentes comiencen a manifestar sus miedos.

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    1. Sin duda. La gente se muestra muy nervosa con esta nueva realidad.
      Gracias por su presença

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  5. o poeta anda sempre em aprendizagem
    é um ser desassossegado como o poema que escreveu
    a mensagem está escondida, mas amanhã
    talvez o sol brilhe...

    :)

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    1. Essa ansiedade de esperar por um amabha melhor é sempre complicada
      😑

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Acha disto que....

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