2020/10/07

E o sentimento de má digestão é...



 terror, 

um sem 

número de versos decepados, 

sem membros 

que nos assustem, 

e mesmo assim a fervença 

de tanto tempo 

deitado fora,...


e de lado escreve-se, 

desinforma-se, 

contribui-se para 

a ruína do mundo, 

e em tons de 

carmim 

o desejo desdobra-se 

em medo, 

e o medo inicia 

a fotossintese da ruína, 

e na ruína nos deitamos,... 


sem que o lugar comum 

de não haver amanhã, 

seja fortuito, 

efetivamente consolidado,... 


mais um anoitecer, 

é esta a minha, 

a nossa memória de 

fruição do fim dos dias, 

assim se queira desenhá-la 

a firme negro

6 comentários:

  1. Ai, meu Deus...tanto negrume, tanta ruína, tanto verso decepado.
    Isto está negro demais para mim...
    Ainda assim, poema por poema, gostei mais do alfaiate.
    :-)

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    Respostas
    1. Também concordo.
      Os autores vulgares têm muito mais momentos de vulgaridade do que de outra coisa
      Esta é da minha lavra, e só a mim vincula
      😊
      Obrigado pela presenca

      Eliminar
  2. Gostei muito do poema. Trouxe-me questionamentos existenciais. A memória que nos chega da escrita nem sempre é verdadeira, assim como é imprevisível o fim. Nos versos pode haver quebras e desmembramento, pois os poetas conseguem, mesmo assim, harmonizá-los.

    ResponderEliminar
  3. Ai!
    Quantos versos decepados
    quanto papel rasgado
    e o cesto dos papeis inocente
    para ali atulhado e descrente

    ai quantos poemas guardados
    quanta mágoa aferrolhada

    e no fim somos assim
    assim
    felizes e loucos na nossa sã loucoura

    ;)

    ResponderEliminar

Acha disto que....

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