2020/10/30

Dispensava-se a poesia

Nenhuma palavra,
Nem sequer o jeito efeminado de qualquer palavra,
Expurgando da comparação a pele acintosa,
Poderia refazer o que estava pensado,
Eram dias de anormalidade perfumada,
Com todo o sentido inovador que isso poderia trazer,. ..

Dispensava-se a poesia neste relato,
Sabendo-se que uma mulher inesperada iria surgir,
Com notícias de partida,
E não muitos afloramentos ao conceito de felicidade,
Diria ter deixado para trás outro livro de memórias,
Algumas estórias por acabar,
E principalmente um polícia de costumes que lhe tinha marcado a pele,
Conforme era visível,...

Tudo estava pronto para que as coisas recomecassem,
Agora com especial cuidado para que esta ficção aguentasse os testes de racionalismo



10 comentários:

  1. Por vezes, a poesia precisa descansar para retemperar forças; fazer um Intervalo, por assim dizer... :)

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    1. Sem dúvida.
      É uma arte infinita mas mortal. Que pode ser tocada de morte. Esperemos que isso nunca aconteça
      😊

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  2. Vislumbro no texto uma mulher de comportamento duvidoso e, nesse caso, a poesia será dispensável porque pouco apreciada.
    Boa Noite

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    1. É uma possibilidsde
      A imaginação leva nos a todo o lado
      😊
      Obrigado pela presença

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  3. Triste livro de memórias, você me fez presumir. Marcas na pele que ferem, versos que se ausentam. O recomeço é que pediria racionalidade. Abraço.

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    1. Bom dia.
      Os recomeços são sempre difíceis.
      De racionais têm pouco.
      Obrigado pela presença
      😊

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  4. Alguém disse que a poesia é coisa inútil. Mas eu diria que é indispensável...
    Excelente poema, os meus aplausos.
    Bom fim de semana, caro Miguel.
    Abraço.

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    1. Tb concordo jaime.
      Um pilar da nossa vida.
      Obrigado pelo incentivo

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  5. Os Poetas
    ( «A poesia, tal como a entendo, é inútil.
    Nuno Judice»)

    a poesia não é inútil!
    inúteis são todos os poetas
    porque ninguém conseguiu ainda entende-los.

    inútil sou eu quando escrevo um poema
    simples e cristalino
    latejando de verdade
    sofrendo nesta cidade tranquila.

    inútil sou eu que clamo
    a magia do poema feito
    numa tarde inexplicavelmente quente de setembro.

    inúteis são os sonhos decepados
    as palavras gastas
    os gestos inexpressivos.

    inúteis são todos os poetas
    porque ninguém quer
    entende-los.



    Piedade Araújo Sol


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    1. Poeta fotógrafa,...
      :-)
      Já vi que o meu poema está a ter um pouco de interpretações literais:-)
      Para minjha defesa devo dizer que não concordo nada com ele:-) apenas o escrevi para lançar um bocadinho a polémica,...

      Obrigado pela presença

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Acha disto que....