2020/10/24

Ângulos mortos de solidão

 So agora preciso que me abraces,

Dantes,

Esperava que a terra aguardasse pelas minhas deceçoes,

E era suficiente, 

para suster qualquer resvalo de noites sem amparo,...


Agora é diferente, 

Deixei de saber somar ângulos mortos de solidão, 

E só sobra a mesma ladaínha de força desmaiada, 

Os refúgios nos livros sem mensagem, 

E com mais ou menos os mesmos números de ansiedade,.. 


Se me restar só um abraço como teste, 

Se calhar aguentarei






6 comentários:

  1. Haverá um momento em que damos conta do afecto que precisamos, nesse momento lembramos o tanto que desperdiçámos.
    Bom Dia.

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    1. Sem dúvida.
      Concordo perfeitamente com a análise.
      Obrigado pela presença:-)

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  2. Caminhamos de um lado para outro e deixamos de lado o que é deveras importante, o que pode apaziguar o coração e afastar a solidão. Há somas que nem sempre pesam na balança e outras que nem ela é capaz de suportar. Abraço.

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  3. Pois âs vezes era mesmo só um abraço.
    sem palavras.
    só o abraço.
    mas nem sempre chega, raramente chega, perdeu-se no tempo
    e nos silêncios.
    dorido o poema, mas com sentido.
    :)

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Acha disto que....