2021/10/31

Um escrever ocultado

 Depois deixa que a tristeza me
venha perguntar as horas,
insinuar que o dia é a a noite nua,
e a noite não tem roupa para
cobrir uma nudez que rejeita,...


deixa que a tua malfadada hesitação
se transvista de amor,
e desça a rua pronunciando a
latina versão da morte,
com as declinações erradas,
e um academismo que só ela
consegue deixar infundado,...

e agora,
soletrada que está a 
frase que me aterrorizava,
de tão escura que te sinto
sentada à esquina da lua,
talvez parta acomodado à espuma
do silêncio



Alcateias


um homem fica velho,

a ver o passar do vento entre

as frestas de um domingo,

os ossos desnivelam,

a razão aflora o que

já não é necessário,...


e saindo para um local estranho,

há números certos de ilusão,

o fim virá quando já não

houver semana,

para aclarar em cima da

mesa que se come

2021/10/30

Responsabilidade inalterada


 a noite passa quase como

se fazer estes trabalhos clandestinos,

de segurar a ilusão num estendal de roupa,

como se fossem os teus vestidos a balouçar

ao vento de meio de outono,

fosse algo normal,...


não é,

desafia-se a alegria com que as mulheres

entram nas maternidades,

e depois saem cooptadas como

alteradoras do mundo,

e por isso,

é uma enorme responsabilidade,

divulgar propaganda falaciosa de amor,

quando o mundo se enrosca sempre

em sentido contrário

2021/10/29

Poesia cinematográfica

Feios, Porcos e Maus, Filme de 1976,
de Pier Paolo Pasolini


pier paolo pasolini / who is me, poeta das cinzas

 
 
[…]
 
Vivi <…>
aquela página de romance, a única da minha vida:
quanto ao resto, <o que querem,>
tenho vivido dentro de uma lírica, como todos os atormentados.
Tinha entre os meus manuscritos também o meu primeiro
                                                                             [romance:
eram os tempos de «Ladrões de Bicicletas»
e os literatos descobriam a Itália.
(Eu agora já não sou um literato,
evito os outros, não tenho nada a ver
com os seus prémios e as suas publicações.)
Chegámos a Roma,
ajudados por um doce tio meu,
que me deu um pouco do seu sangue:
eu vivia como pode viver um condenado à morte
sempre com aquele pensamento como uma coisa atrás de mim,
– desonra, desocupação, miséria.
A minha mãe reduziu-se durante algum tempo ao trabalho
                                                                      [de servir.
E eu não me curarei jamais desta doença.
Porque sou um pequeno-burguês, e não sei sorrir…
como Mozart…
Num filme – a que chamei «Passarinhos e Passarões» –
Tentei, é verdade, a ópera buffa, ambição suprema de um escritor,
– mas só em parte o consegui,
porque sou um pequeno-burguês,
e tendo a dramatizar tudo..
 
[…]
 
 
pier paolo pasolini
who is me
poeta das cinzas
trad. de ana isabel soares
barco bêbado
202

Dionísio, o perdido

 dionísio gostava dos imprevistos 

de um bom copo sem fundo, 

sentado ao longo do 

correr de água, 

no mesmo improviso de sempre, 

repetia o troço irregular que o pai, 

o avô, 

o vizinho que morreu novo, 

e até a luz do sol, 

lhe tinham ensinado,... 


ser discreto, 

a sombra é amiga nossa 

em qualquer ocasião, 

mas nunca devemos confiar 

nela para confidências, 

e fora isso, 

as tripas que pagassem,.... 


gostava de contar cabeças, 

quando já as via em duplicado, 

e viu a minha um dia destes,... 


ele não me conhece, 

mas dionísio está no 

meu arrepiado de notas, 

consta em C, 

de choro compulsivo




2021/10/28

Um poema elétrico

se me quiseram,
com um corpo semi-condutor de tristeza,
e olhos como a lonjura alumiada e
desfeita,
estarei de pés plantados,
com raízes dolorosas que penetram a
Terra como ela merece,
de desdém silencioso e
raiva acondicionada no sangue,...


e sem que saiba ler o que as nuvens
me desenham,
como halo capaz de esmagar
com um torpor o crânio,...

e para que a mudança
venha,
serei a chave,
que abrirá o que restar
deste mundo que de inofensivo,
só tem a cor ocre de sangue



vazio lento do envelhecer

 Foi assim que um ano 

passou,

com mentiras,

desenhos imperfeitos de 

cadáveres impedidos,

de sonhar,....


sei que houve um relógio,

um passar do tempo descoordenado,

que nos fez separar,

ao invés de esperar por nós,

nas ravinas aprofundadas dos 

ondes em que nos perdíamos,...


e no fim,

quando chegou o momento

de gritarmos por nós,

já nem havia som,

só o vazio lento do

envelhecer


2021/10/27

A uma hora de mim

 


Ela perguntou o que era o passado,

A carne mal cortada,
Uma dor no peito e o ar que não ressoava,
Havia musica inconsequente,
E uma soma exagerada de mal entendidos,...

Quis saber se estarias lá,
A uma hora de mim,
A ajudar-me com a vida que vivo,
Sem dor,...

Mas já estavas num diário de lonjura,
Sem que o presente pudesse acolher as horas que desfaleciam abandonadas

2021/10/26

Dentro e fora

 lá fora desligam as luzes,

é uma bola irregular que

se forma,

em cima de um mundo desnivelado,

imutável,

que fala o suficiente por entre espinhos

que,

perfazem o sangue suficiente nas 

mãos dos que partem,...


cá dentro é novembro,

um vento assobia por entre

as parcelas da ausência,

e irrefletido,

a esquecer-se aos poucos




2021/10/25

Estante de livros mudos

 


Soube quando te trouxe para casa,

Que eras nos intervalos da areia que cobria a entrada do meu quarto,

Um resvalo,

Um gomo da idade vetusta de todas as memórias,

Que me doíam só para lá da porta do único sitio que tinha para descansar,...


Queria preservar-te,

Atribuir ao teu corpo lugar de pupilas curiosas, 

na estante de livros mudos daquele lugar,

E tentei-o,

Com dezenas infindas de recitares mudos de poesia,..


Só me apercebi de que o som já me impressionava mais que o amor,

Quando envelhecido recusei a juventude do teu tocar

2021/10/24

Ser lá o que seja

 


Seja lá o que isso fosse,

Escrever bem,
O melhor comparativo era,
Ou será sempre,
Tentar desenhar um rosto inocente,
No fim de um percurso de vida,...

Tem de se saltar contornos,
Evitar imperfeições que o amor morto realçou,
Até haver uma consonância,
Um desnível em relação à realidade,
E ao menos acaba por nunca se assemelhar a um verso discordico,
Seja lá o que isso significa

2021/10/23

Imprecisão

fomos escutados a desfazer pó

em cima dos pratos,

postos na mesa do jantar,

arejava-se a sala o possível,

suspeitavam-se das lágrimas incrédulas,

que empastavam não só os nossos olhos,

como o lacrimejar dos infelizes

da hora certa,...


anoto a imprecisão com que o medo,

se instala nos intervalos

disto tudo



2021/10/22

A pobreza inocenta

 


Há pedaços,

Pequenos pedaços,

Pedacinhos,

Eu diria indecisões,

Tudo intermitente no canto de uma sala,

O resto escurece o campo de visão,

Uma hipótese provada no meio do vazio,...


Arco certo do declínio,

Feito com tremores,

Tanto frio,

A solidão enriquece,

A pobreza inocenta,

A velhice transforma,

Até tudo ser escuro

2021/10/21

Versos digitais

 


Infelizmente é

Um poema a crescer,
Nas costas da minha mão,
Pelo meio de ossos,
Cartilagens,...

Sem rima,
Com magreza,
E esguio por entre,
Luvas que não me cabem,...

São versos,
Digitais

2021/10/20

Beira-mar


 o teu respirar,

compassado,

confundia-se com a vastidão 

de uma praia,

só nossa,

observava-te à medida que me sentia

perder no barulho,

intensivista,

do desdobrar das ondas nas 

rochas lambidas pelo tempo,...


tudo era nosso,

o lamento suicida da gaivota,

o fio de fumo que,

no horizonte,

Insinuava-se no final do côncavo

do espaço,...


na maior posição fetal que 

conseguia,

enrolava-me sobre mim mesmo,

absorvido pelo

teu sono desperto

2021/10/19

As mãos doem-me

 sim continuo a escrever,

as mãos doem-me,

não tenho fruição dos mesmos
sitios onde já estive,
mas continuo a escrever,
e continuarei mesmo que me repugne,....

ao lado desta certeza,
deixei uma pequena caixa de madeira,
debruada a diamante,
que encontrei no caminho para
casa,
no dia em que me 
informei que posso
ser especial



2021/10/18

E como o Inatingível de vez em quando dá dose dupla

No andar de cima morou o homem das promessas vãs,

Ao meu lado,
A resignação assentava arraiais sem dar os bons dias,
Sem sequer fazer da noite um manto para se abrigar do frio geométrico que caraterizava aquele sítio,...

A minha reserva de força,
A fruição,
O que me descreveu nos momentos em que soletrámos as novas formas de amor,
Talvez já não exista,
Só sei ainda o meu nome e pouco mais



O meu caminho terminou ali

 ao desiludir-me com a frustrada tentativa

de o conhecer,
o meu caminho terminou ali,
pensei em todas as indefinições de
que me lembrei,
como se para elas eu representasse
sempre qualquer coisa mais do que o silêncio,
do que a rua vazia de cheiros,
de insofismáveis quebras de amor,....

se calhar haverá mais do que o querer
ligar-me às pessoas,
as pessoas merecem-no, 
mas o medo de as perder não
faz com que iludamos a perfeita 
noção de uma corrida por fazer,
de uma discussão sem sentido por ter,
de tanta coisa que,
 se calhar,
por esta altura,
penso que terás algo
a ver com tudo isto,...

e a mais do que isto
não terei vontade de explicar



2021/10/17

Conta telefónica

 


As suas contas telefónicas por vezes

Excediam a página,

Alcançava a mão sempre que mais qualquer surgia para falar,

Sobre os desejos expressos em tons escuros,

Naquela voz de ébano,...


Decidiu falar menos,

E aprisionou a voz em madeira de pinho,

Ia remeter-se a um silêncio metálico para sempre

2021/10/16

acabou sem renúncia


 da rua viam-se as reticências,

hesitava-se tanto e tão pouco,

que os reposteiros dissipavam-se

a olhos vistos,

soava mal qualquer elite que ali

se prostrasse,..


eram do povo,

foram da resolução mais simples do ser,

as estórias todas daquele sítio,

que não tinham cheiro,

só postura,

ser,

dispensa de elogios à retidão,....


se chovesse,

prometiam-se músicas sem sentido à janela,

murmuradas e desditas como só a

pobreza consegue,

se fizesse sol,..


ali não havia sol,

por isso acabou sem renúncia,

esta indecisão

2021/10/15

dormia com a música


 

achava que por vezes os ponteiros do

relógio lhe contavam estórias,

sem 'h',

das que resultam em lágrimas inocentes

a rolar,

e a esconder-se na ruga transversal

que acaba no canto da boca,...


assumia que tudo na vida era

bom,

não havia encontros vazios,

pessoas a faltar à palavra,

ou até barcos que se liquefazem

no horizonte sem legado,...


enquanto isso,

dormia com a música

2021/10/14

...Dali possível


 pensar que posso descer,

onde há faces que se escondem

de uma mentira,...


içar bandeiras e ver como 

há olhos que nadam,

a braçada solta,

e se desviam de tudo

o que concebo como normal,...


deixar de reescrever esta cartilha,

surge como a fatalidade necessária,

para parar todo este surrealismo,

que me transforme no Dali possível,

se de tudo quiser que haja a pintura

que fique para sempre

2021/10/13

Magnânimo sofisma

 Cada retrato,

Cada postura errada e desafiadora,

Os inocentes,

Serão eles os que desfiam o magnânimo sofisma desta realidade,...


Por isso,

Antes que seja aquele dia dos olhos em vigília permanente,

Antes que o teu corpo ceda,

Antes até

Que para mim escrever seja um deslize para a perdição,

Que nos encontramos,

É de aproveitar este domingo que ainda tem laivos de Setembro de fim de verão 


2021/10/12

Um corpo perdido



os olhos, 

uma correnteza de 

prédios que conheci, 

no caminho desregrado 

para a perdição,... 


a boca, 

finalizava uma 

discussão,

 com os copos, 

sujos e entorpecidos, 

que desvirginaram aqueles lábios,... 


os seios, 

custa escrever diferente, 

do que foi o sono 

feliz que desfrutei entre eles,.... 


um colo, 

lembrar desespero 

com sabor a eternidade, 

prazer em dia de chuva protegida,... 


e ao longe uma fuga, 

desenhada,... 


não tenho idade 

para assumir que errei ao partir

2021/10/11

sol fálico

 Presença e ausência,

estranhas e irregulares marcas de 

penetração na pele,

amo-vos sempre mais do que a mim próprio,

tanto mais que o sol

fálico,

diz-me o pior do que o futuro

anula do passado,

que nunca concebi,...


assim está desenhada,

a incongruência do meu ser,

e do meu desejo



2021/10/10

História decente


Peço licença para entrar,

três toques na janela enferrujada,

a ponto de lascar os nós dos dedos,

lá dentro a velhice almoça,

não a vejo por estar vestida de cinzento,

e confundir-se com as paredes bolorentas

de uma casa,

que não fica em lado nenhum,...


como mensageiro de anotações breves nas

palmas das mãos,

sento-me no chão,

e observo o sem fim de infiltrações de amor

que dançam lá fora,

à chuva,...


estou decidido a escrever

uma história decente aqui

2021/10/09

Interlúdio despropositado

 Este era o fantasma de uma mulher desastrada, a mesna que se espreguiçava sem pedir licenca, que amparava os genitais com medo que eles escrevessem o que não deviam, enquanto respiravam só o suficiente para se manterem vivos,...

A mulher que indelicada, anulava a prosapia propria dos dias de nevoeiro, com um acidente em que um comboio esmagava os despojos de um momento que se queria anular,...

Uma mulher que tendo todos os nomes, não se abeirava de nenhum mais que uma renovada missão de estranheza, em estrangeiro,...

Pensei que descrevė-la, talvez encerrasse um capítulo,...

Mas só acrescento versos onde não devo

Ajuda dissecada

 


Se eu pudesse ter ajudado aquela pessoa,

Antes tombar morto,

Do que dúzias e dúzias de vezes de arrependimento,...


Sentir toda esta vulgaridade inscrita no vento que me contou a notícia,

Dá conta de mim,

Da sombra falsa deste poema que existe só por imposição da necessidade 

2021/10/08

Epicurismo pessoal

 


O efeito esteta,

Gosto da palavra,

Repito-a nos espaços que me sobram do silêncio,

E entretanto é noite,...


A ajuda que me presta ao epicurismo pessoal que,

Sempre tendo tido,

Guardo ocultado por entre os olhos adormecidos,

É assinalável,...


Só por isso desenho-te a tons de ausência de luz 

2021/10/07

Garanto-te

 


Tenho a certeza de que isto não estava aqui,

Havia duas flores sobre o canto da casa,

Algumas folhas pobremente redigidas,

 um poema quiçá a soar mal,

E batiam à porta,...


Lembro-me que deram a notícia da morte da música,

E eu procurei,

Vi tudo o que te disse,

Mas a minha solidão não estava aqui,

Garanto-te

2021/10/06

Do soar do sino na capela

 


Adivinhei-lhes as palavras,

Tudo era indissociável do soar do sino na capela,

Eles arredondavam as vogais,

Sublinhavam verbos desconhecidos,

E tudo assim me soava familiar,

Como se estivesse a afastar-me de terra,

Num barco periclitante,

Com a ideia de nunca mais voltar,...


Vim sentar-me junto deles,

E beber dos mesmos desatinos que eles aprovavam,

Talvez assim o mundo me magoasse menos 

2021/10/05

111 anos de República


 na maior parte do tempo está calmo,

com a tranquilidade reescrita a limpo,

em folhas imaginárias de merceeiro,

mas com o homem,

sempre se soube que há uma desconfiança

permanente,

nunca está bem,

sempre tem mais ilusões do que 

força para ressuscitar ódios,...


está há uma eternidade sem saber

se a volta a ver,

e por isso não está bem,

porque ela,

é o farol

2021/10/04

Faites vos jeux

Ferreira Gullar: Traduzir-se  

 

Acalmar no estio

 

esperar-te,

quando já nem há espaço suficiente,

para que se roubem sorrisos,

se discutam anseios,

só resta o retorno dos dias

que baloiçam no horizonte,

e serve minimamente para adormeceres,

em série,

feitos sobre a solidão,...


descobrir o restolho dos teus passos,

sim,

isso restar-me-à, 

assim este entardecer acalme

no estio

2021/10/03

quando se rejuvenesce

 Esperar pela mudança,

De noite tudo é histriónico,

E ao mesmo tempo que está sujo

o caminho do afastamento,

são louras as decisões de

quando se rejuvenesce,

a regressar,…

 

doem as mãos vazias,

e inúteis,

e esperar que tudo mude,

não oferece dúvida,

mas há dias que doem,

sem se saber a quem,

sem se notar porquê,…

 

e há mais qualquer

coisa a anotar,

aqui debaixo da poeira




La baie des anges (1963), Jacques Demy






2021/10/02

Céu de cobalto


 sentia ter pisado o terreno da dúvida,

o chão fugia debaixo dos pés,
e era de noite,
com o céu de cobalto de sempre,
mas um vento diferente,
com cores,...

anotava cada experiência,
um som aqui de irresponsabilidade,
a interjeição possível que agarrasse a verdade,
nada que a meu pai parecesse mal,
tudo seguia a precisão irresoluta,
e com o tempo a espezinhar as mesmas
listas de afazeres incompletos,
até que fosse novo dizer amanhã,....

era arrastado como que a areia movediça
que tinha encontrado,
não o fosse matar,
apenas fazer reviver o passado

2021/10/01

Outubrando a 29 de junho

 


De tantas e tão poucas memórias,

Sobra o mar,

Letras escritas na espuma indiferente,

Amor aos molhos,

A formosa reta dos incautos para a espera eterna,...


Não faz sentido,

Sei que nem custo tem,

Mas tem de se dizer a dor,

Até que a página se possa virar 

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