2021/10/28

Um poema elétrico

se me quiseram,
com um corpo semi-condutor de tristeza,
e olhos como a lonjura alumiada e
desfeita,
estarei de pés plantados,
com raízes dolorosas que penetram a
Terra como ela merece,
de desdém silencioso e
raiva acondicionada no sangue,...


e sem que saiba ler o que as nuvens
me desenham,
como halo capaz de esmagar
com um torpor o crânio,...

e para que a mudança
venha,
serei a chave,
que abrirá o que restar
deste mundo que de inofensivo,
só tem a cor ocre de sangue



4 comentários:

  1. Um poema intenso e bem eletrificado, digo, estruturado...
    Gostei imenso, é excelente.
    Bom fim de semana, caro Miguel.
    Abraço.

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    Respostas
    1. Obrigado Jaime. Sempre feliz pela sua presença e comentários

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  2. "...e para que a mudança venha, serei a chave, que abrirá o que restar"... Sim, mil vezes sim! Tu o serás , se assim o quiseres. E eu também. Aliás, cada um de nós , o é. Uns tem consciência disso. Outros , não.

    Gostei por demais dessa poesia , Porventura;
    Beijos doces

    ResponderEliminar

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