2023/06/30

,tudo seria um sonho

 


Os dedos não sentem. O rosto tateia a chuva, pressente-a como pode. Recolhe-se numa contrição sem som, apenas teatral. O corpo contorce-se, irreprimível, evitando desníveis de caminho. A força de uma juventude, neste caso, de pouco ou nada conta. Ao lado daquele monumento de um tirano, repleto de vandalismos sem sentido mas que o povo sente, há uma pessoa que tenta exaurir-se de pavores. Anda em círculos, quase respeitando um caminho predefinido. O senhor, chamemos-lhe assim, tira do bolso do casaco um pequeno dispositivo eletrónico de som. Sem travar a marcha, atabalhoadamente enfia os auriculares nos ouvidos, e com a ponta de um dedo solta o som. Absorve música inofensiva, mas complexa ainda assim. Parecem vilancetes de uma Idade Média perdida. São na sua língua natal, mas custa-lhe a entender os trinados melódicos de uma voz feminina, que parece reportar ao sítio onde está. Sem aquele monumento de um tirano, repleto de árvores, com pássaros pequenos em diversos voos concêntricos, tudo seria um sonho.

2023/06/29

Desolação

 


não me parece a dor,
não estou desolado
com lábios secos,
gretados,
duas formas de ver
o abandono,
repousados no adeus
inocente com que acabas este,
e qualquer dia,...

não me sinto desolado,
porque o desenho dos
teus olhos,
 o que segue de ponta à outra
da tua fronte,
não está no domínio do
real,
do que dizem os livros
fechados,
e esquecidos por nós,....

às vezes a frase
completa-se,
e percebemos que o som,
não serve para frequentar o incorpóreo

2023/06/28

Inatingiveis on tour em dubrovnik,Croácia

 




Sublinhar

 As memórias eram na realidade a única coisa que  ficou,...

Tudo se tinha esgotado. O tempo, que sempre nos tinha sido limitado.  A voracidade de um espaço, que nos envelhecia ao segundo. A questão do ser. Ao acordar uma memória, ao adormecer uma sombra,...
Recordar doía,...
Sublinhar pesava tanto como a água.
Continuar, tinha a forma de um caminho de duas cores. Opaco, e negro. Como os olhos que já não nos viam.

to catch a thief (1955), Alfred Hitchcock
Tirado daqui


2023/06/27

...quadro sem autor

 


ninguém pede o jornal
emprestado,
ninguém soçobra a
críticas,
ninguém faz por querer
insultar,
todos resistem
aos óculos escuros,
curtos e sensaborões,
da manhã certa e
inocente que abraça a noite,...

o som do falhanço,
de chorar no escuro
porque o dia envergonha,
o som multiplicado por mil
dessa dor,
que ninguém descreve,
que ninguém consegue
calar,
não se pode chamar,...

não é para aqui chamado,....

 
a vontade percussora do
sofrimento,
pode mais que tudo,
neste quadro sem autor

2023/06/26

silêncio, é meu

 


quando o silêncio é meu,
não anunciado,
deixo de saber como
se escreve,
se é farsa,
prado sem fim,....

o silêncio é meu,
não te tolero intromissões,
fases menos boas de
temperamento, ...

é meu,
é silêncio,
tem corpo,
sons próprios,
uma voz nociva,...

e é um dia a menos
do que ontem,
a menos para que este
silêncio,
deixe de ser

2023/06/25

Névoa oca

 


De vez em quando,

O sol toca na minha insignificância,

E é como nada se escrevesse em todas,

As linguas mortas do mundo,...


E o resultado,

A névoa oca que me toma os olhos,

Deixa de contar como real,....


Só como experiência amorfa,

E sem formas

2023/06/24

Inatingiveis on tour

 

             Charleroi airport, Brussels, belgium

Partes



uma parte de mim é todo
ser,
outra não conta
como silêncio,
o resto precisa de somas,
para explicitar conteúdos,
distorcer realidades,....

todas as partes de mim
explicadas,
não contam
como refeição,
regurgito e deleito-me,
sofro e aprendo,
com pedaços de alimento
incolor,...

parte de mim
é um grito,
como gritos
são a espera,
que tudo acabe

2023/06/23

Voz encardida

acredito,
não se via,
custava a sentir,
só se ouvia dizer
que não havia amigos,
as setas imaginárias não
correspondiam ao pretendido,....

esperava-se o pior,
nem se esperava nada,
o relógio brotava do solo
com barulho amplificado,....

acredito na loucura,
acredito que há um
real para cortar à fatia,...

 acredito,
mas não vejo

                                                                          Tirado daqui

2023/06/22

Projeto de um livro

 


Acordei com o mundo de cabeça para baixo,

Não havia nomes para as coisas,

O vento inspirava em vez de bufar,

E destruía tudo aos poucos,

As estradas abriam sulcos profundos,

Com as pessoas a acharem que a terra estava a abrir feridas,....


Achei surgir a oportunidade certa para renascer,

Seria o projeto de um livro,

Um verso fora do sítio,

Um amor sem corpo nem idade,...


O que porviesse da destruição,

Seria melhor que um

 sonho sem sentido 

...uma volta apertada da noite

 


a verdade dói, fazemos assim este será um texto teu,
de pontuação errada, como se não fossemos o que já
fomos,
que não doesse o que me pesaste num beijo,
e depois se perdeu com uma traição,...

um amigo, um desejo, uma volta apertada
da noite, dizemos que nos queremos,
e o que vier, aí uma dor decidirá o que
há a fazer,....

no entretanto, tudo o que lês é teu,
há uma porta aberta à espera para voar

2023/06/21

Odeio pássaros

os pássaros dão cabo
 de mim,
é verdade,
e conseguem ver
o vento,
e explicar a tristeza melhor que nós,....

foi por eles que
percebi que o que
é triste não é só nosso,
é de todos os que
nos sentem,
e ouvem,
e apercebem do erro
que cometemos em nos
julgarmos,
acima do que somos mesmo,...

odeio pássaros,
e eles odeiam-me

2023/06/20

Sexo devoluto

estarei parecido
com um vulto?,...

a sobriedade será
a minha madrasta?,...

sairei incólume da
devassa de mentiras,
de abusos,
que os restos absurdos
de doença me deixam nas mãos,....

interrogar,
prestar provas,
absolver o que não se
vê,
tudo a caminho de
devolver o vazio,
com uma mão cheia
de sangue,
e outra de sexo devoluto

Tirado daqui


2023/06/19

Mais um atrevimento literário incompleto

 


-o Júlio já pinta!!!

Esta é uma memória como outra qualquer. A voz do Jon Bon Jovi ecoava pelos pátios da escola, quase dissolvida no vento de inicio de Outono. Os putos andavam todos de fato de treino, relogios casio nos pulsos, e eu tinha-me lembrado de pôr o meu grupo de amigos a rir. Depois sofri com isso. Lembro-me que no meio das gargalhadas de gozo com o Júlio, reparei na sua expressão de raiva a crescer. A mão direita a pentear os caracóis soltos como lã de ovelha, a esquerda a bater descompassadamente na perna, e mais rápido que o toque para o fim do intervalo ele avança contra mim, e prega-me um direto na cara que me projeta contra o vidro da sala de trabalhos oficinais. Foi nesse preciso momento que o livin on a prayer acabou, e os miúdos voltavam como autómatos para as aulas.

Se tinha posto toda a gente a rir, já ninguém ficava agora para trás a mostrar piedade pela justa retribuição que eu tinha acabado de receber por ter humilhado um colega. Dei por mim como o último no recreio. A bochecha a doer-me. O Júlio era um bom boxeador. A minha mochila caída ao meu lado ah, e começava a chover.

Levantei-me e segui para a aula. Acho que era matemática. Nao me recordo bem. Isto foi em meados de 1986, e aqui sentado na sala de minha casa, com uma playlist de spotify a tocar, e um laptop aberto em ângulo reto, faz-me pensar que se calhar na altura, eu já sabia mais o que não queria, do que tinha certezas sobre como seria o meu futuro. Fui o último a entrar na sala. A professora de matemática, uma tipa que eu hoje consideraria decerto insegura, com as suas constantes blusas em turtleneck, e um silêncio entre aulas que parecia desprezar os alunos, só me pediu para fechar a porta, e sentar-me ao lado do Júlio.

Nós éramos miúdos de 10, 11 anos, que não sabíamos nada sobre proporções de insultos, e amor próprio, ou até domínio de um discurso coerente. Só gostávamos de ser engraçados, os mais fixes.

Depois de 40 e tal minutos de arrazoado sobre equações, saímos e eu fui pedir desculpa ao Júlio. 

Lembro-me que ele estava a ler A Bola, na altura em que ainda era um lençol que servia de abrigo aos vagabundos nas ruas. Sentei-me ao lado dele. A Samantha Fox tinha começado a cantar, e foi por entre um insinuante 'touch me'', que abri o coração:

-não ficaste chateado com aquilo pois não?

Ele voltou a não responder. Estava mais interessado na crónica do Benfica-tirsense. Nem se importava que, mais uma vez, estivesse a chover.

2023/06/18

Dogma

 


amanhã já não estarei cá,
recantando o silêncio,
fazendo ouro de lixo apodrecido,....

de sons infindos,
pediam-me que fizesse ouro,
e por isso parti,...

a candura da manhã,
aparada no princípio,
e no fim de qualquer palavra,
foi o passo após passo que escolhi
dar,....

foi bom o tempo que
passei nos teus braços 


2023/06/17

Por falta de qualidade, tempo, ou qualquer outra coisa, nada continua para mim...

Estava à porta da Sé. O encontro estava combinado. Havia muito. Apareceu antes de tempo, como era seu apanágio. Gostava do que tinha escolhido para vestir. Um casaco de seda azul, a combinar com uma camisa branca, e umas calças justas. Uns sapatos desajustados, mas isso era um pormenor. Pensou nela. No que estava ali para dizer, mas principalmente para fazer. O tempo refrescava. Olhou para o céu de Lisboa, que em inícios de Outubro, já  tinha o Outono assente em todos os momentos, e a brotar de todas as calçadas já desfeitas pelo tempo. Mudava de tonalidade a cada segundo, como sempre se recordou. Uma louca sem destino empurrou-o, enquanto murmurava uma ladaínha desconexa. O tempo passava, e recordou-se de como a tinha conhecido. Há meses, que à medida que se foram desfiando pareciam agora momentos. Apenas momentos. Ela estava a falar com um homem de barba rala e grisalha, e vestido fora de tempo e estilo. Era rececionista de qualquer coisa que não vem ao caso, e estava assustada. Parecia perdida, e num português inofensivo perguntava o caminho para o centro da cidade. Era evidente que não estava no seu mundo, mas ele era dali e sempre te tinha sentido de milhares de universos que não este. Manteve uma distância de segurança, e percebeu que no meio do nervosismo evidente, da roupa fora de estação, estava ali alguém que valia a pena conhecer….

2023/06/16

Fica sempre bem escrever coisas que não se sentem de vez em quando

 


a poesia sai de mim
como uma lâmina,
puxada num movimento insinuante,
erótico,...

as dores de vazio
não cabem em nada,....

renego primeiros
versos,
desânimos de rimas
falsas,
peço só que
o esvaziar torturante desapareça,....

encaixo num final de tarde
que assentou,
em tanto que criei,
e espero o voar de
um albatroz sem nome,
que me rasga o peito

2023/06/15

intumesce

 


 hoje compreende-se
que ela precisava de todos,
dos despidos,
das vicissitudes
de uma bebida podre,
do tempo
aos pingos pela parede
enegrecida,
precisava de um desenho de
felicidade que nunca foi o seu,....

hoje,
que chove desalmadamente
quase tanto,
como a terra estala,
ela vai precisar que a
aplaudam,
e lhe digam que o
seu ventre é honesto,
o que intumesce todas
as mulheres finalizadas,...

vai precisar de mim,
e da minha melhor ausência
comprovada

2023/06/14

Ofereço-te um peso

 


ofereço-te um peso,
a vertente discreta
de um sorriso,
duas pedras sorrateiras
em cima de um pé,
a coragem,
a vontade de partir e
não voltar,
enquanto a dor se aguenta,
a dor de cabelos de
menina,
vestido de sexo
dúbio,
a dor que levamos
pela mão,
e perdemos de bom grado,....

ofereço-te ainda mais
pesos,
assim a verdade
permanece,
e a lógica desaba em poeira negra

2023/06/13

...final de tarde de 1969 (escrita a ouvir Morrissey)

 


 não há suspeitas de nostalgia,
por programas de televisão,
por lamentos infindos
em tardes passadas
junto à rádio,
não se percebe como chegaremos
lá,
e é um final de tarde
de 1969,
com a tristeza a
encafoar-se pelas frestas
das pedras da calçada,
soltas por desmazelo,...

era minha,
não sobrava dúvidas que
era minha,
e havia de ser
para sempre,
só o tempo teria de pingar,
como uma torneira mal fechada,
até que a tristeza me
tomasse como adulto,
e uma nova pele ajudasse,
a esconder a dor

2023/06/12

...as lágrimas

 


as lágrimas trazem-se para
dentro de casa,
não se deixam à chuva,
expostas a equívocos,....

se quisermos bater,
deslindar mistérios
pela violência,
elas têm de estar
connosco,
estando sentados
junto a um cão,
ou a rezar a deuses ausentes,....

as lágrimas moldam-se
sempre no vazio,
e é preciso arte,
e resolução,
para o fazer

2023/06/11

Amálgama

 


Amálgama,

É uma palavra irregular,

De rebordos salientes,

Como se fosse uma prenda mal embrulhada,

Nas mãos de um menino de olhos tristes,

E pele anulada,....


Amálgama de ilusões,

De Sol rosado e mau para as pessoas,

Amálgama até de noite reprimida,

Gosto de Amálgamas

2023/06/10

Um pardal que envelhece

 


Um quarto arrumado,

A luz a meio termo,

Um pardal que envelhece colado no contínuo,

Sem tempo,....


Olhos adoecidos e enganados,

Que esperam um fogo enternecedor,

Regenerador de equivocos,....


Um bom livro está quase a acabar,

De espíritos sem idade,

Se faz a noite que escorre,

Sem cor

2023/06/09

folhear livro

tinha aprendido a folheá-la,
calmamente dizer não quando era preciso,
de uma lombada que se rasgava,
fazer a possibilidade de um estibordo impreciso
ao largo do mar,.....

a sua pele não eram páginas,
eram costas irregulares de beira-mar,
batidas pela fúria incomensurável de
um mar sem idade,...

e sabia tudo enquanto percorria páginas
de rotas sem sinal,
e de tempo sem destino,
que se fechava no baque poeirento,
da partida sem data de regresso



2023/06/08

Compaixão da forma de comida

 


continue a viver,
apeteceu-lhe dizer
o que aparentava não ter
encaixe com a realidade,...

soava bem naquele momento,
e fê-lo com um amparo
momentâneo para afugentar a tristeza,
e o gesto certo,
de suster as lágrimas,
enquanto o ar parecia
dissolver um cheiro inesperado,
a cera de abelhas,....

seguiu caminho sem
olhar para trás,
enquanto um colibri
desfazia um triângulo
irregular por cima da sua cabeça,
desaparecendo no etéreo do ar

2023/06/07

Olho e diamante

 


Se um olho pesa mais que um diamante,

O outro é um diamante,

Tudo luz e reluz em pequenas Frações de real,

Com nomes ficticios,

Pedaços de vento soltos que nos beijam a pele,...


A frase está explicada para que se perceba,

Enquanto a ladainha de uma mulher endoidecida,

Vai caindo de tom ao entardecer 

2023/06/06

Prado sem árvores

 


Um traço irregular escrito com uma caneta velha,

Um cento de dias depois do ocaso deste amor,

Há uma boca sequiosa por um pouco de água,

E um corpo deformado,

Estendido na cama única de um palácio da lua que se oculta, .. 


Já não penso para trás,

Agora com a mesma solução para todos os problemas,

Chamo-me terra,

Sol,

Sombra de um prado sem árvores 

2023/06/05

e só uma vontade

 


supunha saber
que com a filosofia,
o estudo das desilusões
 humanas,
do priorado da razão
sobre a depressão,
havia uma notícia
que cumpria trazer o medo,
um som que o ouvido humano
não alcançava,....

uma música que
compunha tudo,
e fazia com que o fazer,
tivesse de continuar,
e sobrepor-se ao sentir,
ao esperar,
                                                ao chorar,....

tanto verbo,
e só uma vontade de
ficar em paz com o desejo

2023/06/04

Só a este sentir

 


farto de poemas poucochinhos,
leituras pela rama,
situações inocentes
que perpetuam a inocência de
uma solidão,
difícil de descrever,....

a poesia tem de ser
apócrifa,
por atribuir,
sem autor,
que identifique lugares
anulados pelo mundo,
e pelo passar do tempo,...

peço pois desculpa por
poemas sem chão,
infundados,...

vou tentar travá-los

2023/06/03

Amor aleijado

lembra-te de mim digo,
chora pelos poros,
e há uma persistente
dicção errada
que ressoa nesta noite
de cheiro de fruta,...

lembra-te de mim,
digo,
e faz-me ilusão feita
desenho,
e figura feita sombra,...

revolvemos a Terra,
e sobra o segundo da
loucura que ainda
não soubemos fazer,
e esperamos ainda
por uma recompensa que
não vai chegar,....

lembra-te de mim,
há uma notícia de morte
no jornal do dia,
não é a minha,
mas poderia ser

2023/06/02

Nesga de entardecer

 


não me desiludas,
as dores suplantam
a vontade,
e o corpo sobeja
no que eram os teus risos,
a tua vontade de trazer a
alegria pela mão,
e abrir janelas à vontade de chorar,....

espero do presente o
normal,
seja o que isso for,
em que calças couber,
e em que roupa pernoitar,...

o normal de ti,
da presença invulgar,
e invisível de ti,...

que já me escapa

2023/06/01

Junhando a 7 de Janeiro

 


Eu fui o padre,

O pregador desordenado,

O desespero das tardes inauditas,

Audível no silêncio,

Ensurdecedor para os que gritam,...


No dia da raiva,

Havia religião suficiente para transformar as pedras,

E mesmo assim perdi,...


Resolvida a procura de amor,

Amareleci sozinho,

Como o padre incapaz do livro sem páginas 


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