2021/08/10

... Todos os locais que desesperadamente escrevo



 Não te estou a impor nada,

Mas sabes como gosto de vestir-me,

Aqui não há equívocos,

Quando abre um pouco o sol,

E a força é só a suficiente para que um pé chame o outro,

Só aí eu consigo descer à rua,

E passar por todos aqueles sítios que outrora importaram,...


A livraria de Herberto,

A florista em que te ganhei o coração,

A loja dos doces onde te construí um paraíso de bolso,

Todos os locais que desesperadamente escrevo,

Na solidão acompanhada das noites de que te estava sempre a falar,...


E há uma luz decomposta numa roda viva de cheiros,

Agora que já é Primavera e escrevo tão depressa como sonho,

Confortado pelo teu sorriso 

8 comentários:

  1. Alguém que figurou na nossa vida e marcou os lugares já marcados, que só existem, por esse alguém ter existido em nós. Deste gostei.

    ResponderEliminar
  2. Ah que reconfortante passar por alguns lugares que ainda existem e persistem ao tempo. Triste é não mais encontrá -los mais.

    Gostei.
    Beijos de primavera .

    ResponderEliminar
  3. Uma suadade boa que ficou, senão não escreveria assim este poema.
    Cheio de ternura e sensibilidade.
    Um pouco diferente do seu padrão, mas bastante bom.
    Gostei!
    Desejo uma semana abençoada com saúde e tranquilidade.
    Abraço
    :)

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Talvez seja uma saudade.
      Talvez não
      🙂
      Fica a interrogação
      Obrigado pela presença

      Eliminar
  4. Há sempre lugares onde fomos felizes, que revisitamos e teimamos em escrever.

    ResponderEliminar

Acha disto que....