A única carne que restava nesta mão,
Eram finos estiletes rosados,
Como se fossem fios que bordavam como bainhas de mãe nas calças inseguras dos meninos,
A réstia de vida que ali restava,...
E passei por mais outra,
E outra mão assim,
E só então percebi que por mim desabava uma tempestade malograda,
A que talvez fosse a última antes que me tornasse o inimigo de classe,
De que já me acusavam ser há muito tempo,...
Restava-me a investigar pequenas porções de areia daquela praia,
Ao mesmo tempo que esperava pelo inverso de mim,
Aninhado junto às pequenas ondas carmesins,
Que se desfaziam ao entardecer
Um momento humano de confusão até na visão da cor das ondas e do perigo de se tornar um inimigo de classe.
ResponderEliminarUma distopia alcançavel, e necessariamente confusa
EliminarObrigado pela presença
Gosto tanto dos tons carmesim, que não excluo a possibilidade de o ver em (quase) tudo o que me rodeia.
ResponderEliminarUm abraço, boa semana. :)
Muito obrigado.
EliminarÉ sinal de trabalho bem feito de quem escreve
🙂
Como areia escapando por entre os dedos... de mão em mão.
ResponderEliminarNão fechemos as mãos, abramo-las ao encontro do outro que nos estende a sua.
Um excelente complemento para um poema que considero intimista
Eliminar🙂
Obrigado pela presença
Gostei imenso do vídeo, e do poema também, claro!
ResponderEliminarÀs vezes os tons carmesim invadem-nos de tal forma, que acabamos por ficar confusos.
Mas ao entardecer, junto às ondas, tudo fica mais claro.
Desejo uma semana feliz
Beijinhos
MARIAZITA / A CASA DA MARIQUINHAS
Obrigado mariazita
EliminarSempre um prazer receber a sua visita
🙂
Tudo se desfaz ao entardecer. Menos o que trazemos em nós de valores e conquistas. Não importa a cor. Mas sim O momento presente.
ResponderEliminarBeijinhos pra ti Porventura !!!
O presente conta sempre mais
Eliminar🙂
Obrigado pela presença