duas ou três parcelas de um escrito incompleto,
de autor desconhecido,
que pendia por detrás de um móvel
que apodrece,
naquela casa abandonada,...
ou se confirma,
ou a incerteza corrói,
torna os ossos em água,
o sangue em vinho azedo,
e de tortura recôndita,...
ao fim e ao cabo,
este é o dilema das vidas finitas,
dito do topo de uma rua,
ao entardecer,
com o sol a enquadrar-nos a cara
com solenidade,...
nada disto parece sequer pesar
muito
A inacreditável finitude que podemos deixar por detrás de um móvel apodrecido.
ResponderEliminarTodos os nossos restos importam
EliminarObrigado pela presença
E haverá alguma vida que não seja finita?
ResponderEliminarSó os diamantes são eternos...
Gostei da originalidade do poema.
Que mente fértil é a do Miguel... Todos os dias descobre palavras, que bem encadeadas umas nas outras, chegam ao fim e sempre nos dizem algo.
Um abraço de boa noite.
🙂
EliminarMuito obrigado. Fico contente pelo elogio