Vimos do Tempo da Falta Mínima
Vimos do tempo da falta mínima
da casa construindo as folhas de quadrícula
(quando um traço mais que expressivo preenche
o vazio de uma folha)
nem beleza nem fim
nem número ordenador como fantasma.
Todas as memórias partilhámos
a ruína compreende tudo.
Compreender quer dizer abraçar
(linhas e cruzamentos na procura da folha)
o mundo inteiro nos é dado.
Mais tarde (mais além
dois furos a passagem para o útil)
as dunas darão lugar a campos cultivados?
Quero dizer
não rejeito do movimento toda a impaciência
toda a dissolução.
(pouco a pouco) Até onde podemos ir?
João Miguel Fernandes Jorge, in "Vinte e Nove Poemas"
da casa construindo as folhas de quadrícula
(quando um traço mais que expressivo preenche
o vazio de uma folha)
nem beleza nem fim
nem número ordenador como fantasma.
Todas as memórias partilhámos
a ruína compreende tudo.
Compreender quer dizer abraçar
(linhas e cruzamentos na procura da folha)
o mundo inteiro nos é dado.
Mais tarde (mais além
dois furos a passagem para o útil)
as dunas darão lugar a campos cultivados?
Quero dizer
não rejeito do movimento toda a impaciência
toda a dissolução.
(pouco a pouco) Até onde podemos ir?
João Miguel Fernandes Jorge, in "Vinte e Nove Poemas"
O poema é interessante, mas o Miguel já escreve, mais ou menos, nesse estilo...
ResponderEliminar:-)
Obrigado pelo elogio
Eliminar:-)
Se calhar desta vez fui eu que me pus a jeito para ler qualquer coisa do género daquela que escreveu
:-)
Não o conhecia e fiz uma pesquisa. São lindos seus trabalhos. Gosto do que me toca, independentemente de quem o tenha escrito. Abraço.
ResponderEliminarTambém gosto dos poemas dele
EliminarÉ um poeta com uma grande obra
Ainda bem que gostou
😊
Um poema que muito gostei de ler.
ResponderEliminar.
Bom fim de semana
Obrigado pela presença Ricardo
Eliminar😊