2020/11/06

Sopa de lentilhas

 Andam a descobrir corpos,

A terra parece ter nódoas depois de uma refeição de sopa de lentilhas,

Sem ter uma mãe que saiba limpa-las,

E um pai capaz de trabalhar para ganhar mais lentilhas,

E assim garantir que a sopa não falha,...


Temente ao silêncio,

À esperança de que assim se louve a diferença,

Pensava o pior,

A guerra inexplorada de sons abafados,

Talvez como a defesa possível das linhas

 vazias de um ressurgimento da morte,...


E anotava - se como ser possível negar este tiro que furava um maxilar,

Permitindo que fosse o outro a fazer ressurgir a fala,

E adiar pouco mais que se descobrissem ainda mais corpos




4 comentários:

  1. A morte sempre se impõe como tema dos escritos. Para que não nos esqueçamos dela.
    Boa Noite

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  2. Está faltando sopa de lentilhas, pois a fome assola e mata. Pareceu-me que se insurge contra ocorrências que levam a ela, principalmente no hoje. Abraço.

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    1. Este é dos tais poemas, é já são muitos 😊, que têm interpretação aberta
      😊
      Mas sim. Confirmo ter tudo essa ideia
      Obrigado pela presença

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Acha disto que....