2020/11/30
Acentos tónicos
2020/11/29
Pouco amor próprio
Todos os caminhos estavam travados,
Em vez de traçados,
Sim,
Porque não acreditava em pré concepções,
Só no livre arbítrio kantiano,...
Isso explicava o pouco amor próprio no vestir,
A economia nas palavras,
Como que se esperasse pelo induzir da dor,
Em vez da supremacia do argumento,...
E tanto que custava espezinhar a areia na engrenagem,
Era só mais um lugar comum à espera de ser conquistado
2020/11/28
Devir do tempo
o ar pesava mais
que um sorriso desnecessário,...
2020/11/27
A frase e o sentido
este é o momento em que revês aquelas
palavras estranhas,
as mesmas que num dia à noite,
na tua infância,
quase pecaste ao escrever,
e de tão ameaçadoras que se tornaram,
foram rasgadas aos bocados,
e atiradas para o fundo do mesmo
universo em que sorrateiramente,
te sentavas para afogar o desnível que
ainda faltava para a maioridade,...
a medo prescutas o sujeito,
o que se pretende com letras dispostas
irregularmente,
sem qualquer sentido,
e só depois,
só muito depois,
ao lado do que hesitantemente te é
apresentado,
está a solução,....
não há número concreto que
faça dela percetível
Giz
Não sei porque as memórias crescem,
Enquanto me esforço por encolher mãos,
E pés,
E passadas já dadas mas nunca registadas,...
Tudo se desfaz se não for concretizado,
Nem satisfeito com o apagador de giz da nossa escola de emoções,...
Podia continuar por tanto tempo,
Neste jogo ridículo de puxa metaforas incisivas,
Mas não vale a pena,
O meu passo será sempre inferior a todas as pernas que já tive
2020/11/26
Sinto saudades tuas, pai
eu não escrevo mais,
não vou desejar para os
outros o que as
reticências fazem comigo,
invasão de espaço,
laqueação de conteúdo
criativo,...
seja o que for,
não escrevo mais,
de hoje em diante serei
uma carrancuda interrupção de personagem
secundária
2020/11/25
Fruto inóspito
Ias para onde,
De que a ignorância te levasse,
Percebia-se a ajuda,
O vestir simplório,
As maneiras irrisórias e
Até infelizes,...
Mas voltar pelo mesmo caminho,
Ai sim passaria a residir a dúvida,
Porque a alternativa é sempre pior do que o fruto inóspito da hesitação
2020/11/24
Doença dos olhos vazios
Não sei como se come a desilusão,
Se com ar como se do prenúncio do fim houvesse retorno,
Ou mesmo sem nada,...
Um prato de solidão acometido da doença dos olhos vazios,
Tornaria os nossos refluxos dourados,
Como se desta circunstância se esperassem apenas anulaçoes,
E nunca a confirmação irresoluvel do que deixamos por dizer,...
Sem saber o que se acrescenta mais a esta teoria,
Deixando-a por aqui torna inofensiva a reação de armas
2020/11/23
A mosca
Eu não sou
aquela mosca,
Não estou aqui trancado contigo,
Nem com todas as tuas frustrações a escorrerem pela parede,
Como se a minha vida nada mais valesse
que uma orientação de negócio,
Um adeus mal medido no livro mais lamechas que imagines,...
Já que falei em mosca,
No sentido prático do termo,
A frase certa é um verso na canção que preferires
do Bob Dylan,
Com um punhado de alienados a protestarem
contra a guerra,
Sabendo que é ela que lhes dá de comer,...
Pronto,
Resume-me a essa mosca,
E cheira-te com a pituitária proeminente,
Descobrirás e depois anota aquilo que és
2020/11/22
Retomar de esperança
2020/11/21
Um dia gostava de saber escrever assim
Vimos do Tempo da Falta Mínima
da casa construindo as folhas de quadrícula
(quando um traço mais que expressivo preenche
o vazio de uma folha)
nem beleza nem fim
nem número ordenador como fantasma.
Todas as memórias partilhámos
a ruína compreende tudo.
Compreender quer dizer abraçar
(linhas e cruzamentos na procura da folha)
o mundo inteiro nos é dado.
Mais tarde (mais além
dois furos a passagem para o útil)
as dunas darão lugar a campos cultivados?
Quero dizer
não rejeito do movimento toda a impaciência
toda a dissolução.
(pouco a pouco) Até onde podemos ir?
João Miguel Fernandes Jorge, in "Vinte e Nove Poemas"
Irrealismos
Enquanto as pessoas se lembrarem,
Verei falhas na fluência de versos errados que faço o favor de deixar fluir,
Não há génio,
Nem défices entre ideias,
Quanto muito um ou outro sujeito desdiz o que sempre defendeu,
E isso dará a interrupção suficiente para que se respire,...
Não há mãos suficientes para tanta expetativa frustrada,
So silêncios por domar
2020/11/20
Analfabetos de reclusão
2020/11/19
I love all things small
e agora,
fazer qualquer coisa
com esta manhã,
que nos entra pelos
cílios dentro,
deixando o quente
da verdade de fora,
e a acidez de uma mentira
possível,
como que a nadar,
em silêncio
Esboroado
Não entendia se haveria maneira de me dar a conhecer num futuro,
Que parecia já de círculo vicioso,
Sem acomodação,
Com as ideias desestruturadas,...
Sim tinha medo,
Basta ler que o que agora te escrevo se calhar já nem sentido faz,
Mesmo que te junte uma ilusão ou duas,
Que até nem custam nada,...
Já não será a mesma coisa de custo pornografico,
Com o desejo todo que manifestavas só por eu ser quem era,...
Acabou agora,
O sentido esboroou-se,
Não me apetece mais sequer espelhar-me na água por cima de onde moro
2020/11/18
Olhar cruzado
2020/11/17
Mar sem cor
A nossa memória,
O que nos passou pela pele,
Advertiu que ser capaz de nos transformar pode não ser possível,...
Manter-nos à tona de um mar sem cor,
O mesmo que sustenta a farsa incolor da felicidade,
Isso sim é possível,
Mas só regressa mais tarde na vida,
Quando o resultado de todas as contas que não soubemos fazer,
Se desfaz em mentira nas nossas mãos,...
É isto que se me oferece dizer sobre o relapso da loucura
2020/11/16
Urgência
2020/11/15
Deus dará
A urna,
Não a coisa tanatoria,
Com a carga simbólica que a solidão dá,
Mas a precisão esfingica de uma hora depois da outra,
Um segundo a matar o outro,
Sangue no início de qualquer coisa que acaba ao Deus dará,...
Sozinhos entendemo-la,
Desde que anotada no rodapé com as mnemonicas que precisamos ao luar,
Acompanhados não,
E não me ocorre nada mais de impressionante para partilhar ao sol invulgar
2020/11/14
Matemática tosca
Sobre a insistência em avançar os números,
Com as pessoas inseguras a fazerem um forte intransponível de melancolia,
Dizia-se que merecia apreensão,
Desdém até,..
As pessoas vivem sem fendas na ignorância,
Não há invasor que transponha a irrecorrencia de nada saber,
De se dizer o contrário do que se faz,
E por isso não haveria contas inconsequentes,
So música de trabalho,
Que fizesse avançar o que quer fosse de que se falava
2020/11/13
Temor cego
Muitos anos depois,
Tirado da gaveta onde ficou esquecido,
Ainda cheirava a arrependimento,
No meio de papéis amarrotados,
Anotacoes de cálculos feitos sem alojar o propósito,...
Dizia-te que ceifar tanto resto de planos sem braços,
Iria correr mal,
Acabariamos por baixo daquelas árvores sem dono,
Que temiamos
2020/11/12
Indecoroso
olhos cravados no chão,
dia que nasce,
2020/11/11
Isto saiu de uma penada, e sei que devia ter continuado. Mas lá veio o habitual sentimento de que não é bom o suficiente🙄
Certo dia, o homem sem nome chegou mais cedo do que habitual à rua onde eu vivia.
Habituara-me a ver como ele se insinuava às pessoas sem se apresentar, e aproveitava-se do que as pessoas não lhe davam, por andarem absortas nas respetivas rotinas de todos os dias, para lhes tirar anos de vida. Fazia-o sem pedir licença, a pentear o cabelo crespo e parcialmente grisalho para trás, e distribuindo olhares de soslaio, por entre sorrisos mais cheios de perguntas do que de respostas.
Naquele dia chegava mais cedo. Estacionou o carro branco, e de linhas deformadas, mesmo em frente ao mini mercado do velho Malaquias, e saiu. Ainda entrou na porta de madeira apodrecida, desviando com cuidado desmesurado a cortina de missangas que as pessoas já se tinham habituado a ouvir como qualquer coisa que hipnotizava, ao invés de um simples atavio que nem sequer servia para impedir a entrada das moscas que se dançavam a si próprias até à morte.
Pegou em dois pêros raquiticos, castanhos esverdeados, colocou-os num saco, fez um nó improvisado. Abeirou-se do velho Malaquias, e só se dignou a perguntar quanto custava com um olhar que eu nem consegui ver, pois do homem sem nome só estava a conseguir ver as costas rectangulares, que naquele dia estavam como que embrulhadas numa capa de chuva que ele vestia, apesar de a manhã até estar com um calor que quase era metálico.
Saiu, o saco preso entre os dedos anelar e médio da mão direita. Na outra mão segurava um porta chaves, de onde pendiam as chaves do carro, e uma pequena bola russada de futebol, que me lembrava um novelo de cotão que dia sim, dia não, apanhava nos cantos da minha sala.
Desceu a rua com passos acelerados, mas irregulares. Parecia à espera que alguém lhe saísse ao caminho. De vez em quando parava, levantava os olhos com hesitação, e eu já tinha dificuldade em vê-lo. Já só conseguia perceber as suas costas rectangulares ao longe, encimadas pelo cabelo irregularmente grisalho que parecia fazer daquela pessoa uma daquelas chatas com vela de pano, que me recordava ver sair para a pesca quando o meu avô me levava a passear junto à Foz do rio que sempre baptizou todos os meus medos, e alguns dos meus anseios.
Naquele dia, como já tinha aqui começado a explicar, as coisas fugiram um pouco à regra. Este homem chamava-me a atenção por razões que eu nem conseguia sequer explicar. Talvez porque já sentia os trinta a pisar-me as costas, e ansiava escrever qualquer coisa que se parecesse com um romance. E aquele homem surgiu-me, pela primeira vez na vida, como uma possibilidade de personagem. Alguém que, desde que bem observado, descrito com contornos quase impressionistas, talvez me levasse a uma história de culpa, de ambição desmedida, de amores por explicar, e vícios escondidos a sete chaves no silêncio de um móvel centenário de quarto secular.
Por isso resolvi segui-lo. Depois de vestir um fato de treino velho, e calçar umas sapatilhas de futebol já rasgadas na biqueira, que foram a unica cobertura que arranjei naquele momento, sai de casa.
O céu tinha escurecido um pouco, e um quarto do sol, que aquela hora já quase se descobria na totalidade por cima do pincaro da igreja, parecia estar escondido atrás de nuvens cor de cinza.
Contornei a esquina do palacete devoluto que ficava do outro lado da estrada da rua onde ficava a minha casa, e acelerei o passo. Temia já não o conseguir encontrar. Levava um bom avanço, e eu arriscava-me a encontrar pessoas conhecidas. Aquela hora era habitual dar de frente com dois ou três bêbados meus vizinhos, que já regressavam a casa em busca do almoço completamente sem tino e prontos para bater nas mulheres se preciso fosse. Vi um deles, o anacleto, o soldador reformado que naquele dia, e ainda bem, nem me viu.
Acabei por encontrar o homem sem nome já na descida para o Porto da cidade. Era uma rua de que gostava muito, pois garantia vida durante quase todo o dia. Aquela hora estava cheia de homens que entregavam encomendas nos cafés, e de velhotas que arrastavam pesarosamente os carrinhos de compras como se a vida delas já nem dependesse disso.
O homem sem nome estava parado junto a um quiosque de jornais. Só ali reparei, com um pouco mais de pormenor, que tinha uma pêra irregular que lhe cobria a boca, e descia quase ao nível do externo, dando-lhe um ar inexplicável de confúcio arrependido. Quase amargurado de tanto medo que guardava por explicar.
Parei como se nada fosse. Pus a mão direita no bolso das calças velhas de treino que trazia, e reparei que guardava, amarfanhado, um maço com alguns cigarros. Deviam estar ali desde que eu prometera, pela enésima vez, deixar de fumar. Acho que havia alguns dias estar a conseguir cumprir, mas pronto.... Como um homem é um ser que se contenta com os seus falhanços, saquei do cigarro que me pareceu em melhor estado. Passou um velhote com cara de político ao meu lado, a fumar cachimbo, e pedi-lhe lume. Parecia ter já construída uma imagem de transeunte sem nome, e por isso pus-me imóvel, numa posição quase diagonal à bissetriz da rua, a dar baforadas nervosas. Observava o homem que me tinha dignado a perseguir, e sentia-me clandestino. Talvez fosse essa a melhor forma de me consolidar com o ambiente em que me encontrava. Eu nunca tinha tido a aspiração de ser escritor. Aliás, eu sempre abominei letras. Punham-me nervoso, receoso de me entregar a elas, quase como se elas me pudessem engolir e nunca mais me vomitar. Só que me encontrava num momento da minha vida em que precisava de uma decisão radical. E era isso. Pus-me então a tentar captar todos os pormenores que conseguia daquela pessoa que eu só tinha visto um punhado de vezes antes.
O sino da Igreja do meu bairro, que só ouvia muito ao longe tal a distância a que me encontrava do meu mundo, soou duas badaladas. Era meia hora talvez próxima do tempo de almoço.
O homem sem nome recomeçara a andar. Reparei que tinha comprado dois maços de tabaco, um jornal que me pareceu desportivo, e uma coisa retangular que eu não conseguia descortinar. Continuou a desenvolver passos em direção ao Porto. Acho que ainda não tinha visto que estava a ser seguido, e eu começava a sentir-me mal com a intromissão...
Definição sem cor
Quero ser estendido,
Existem raízes de problemas que não me afetam,
Vem de lá a noite,
Haverá um equívoco a ponto de me fazer repensar,...
Estão convidados a fazer com que pense de forma diferente,
Sabendo que este é um momento de definição sem cor
2020/11/10
Intenções
a memória é exaustiva,
exaustante,
delimitadora do
que esperas,
de tudo o que
nunca ansiaste,....
a procura de novas
explicações para
um falhanço,
serve-nos de abrigo,...
ingere o suficiente
de nada,
para que ao acordarmos seja o oposto o que
nos acompanha,....
à memória
ao arrepio dos sentimentos,
um sentimento
indecoroso,
um beijo enevoado,
e todas as fruições
de que te lembras,
ao chorar
2020/11/09
Codícia
Os enigmas,
Nao saber o que pensar das coisas,
Levava a que provavelmente fosse
forçado a passar a mão pelo áspero,
Dizer que os contornos não seriam assim
tão precisos,
se escritos quando se chora,...
Lá fora,
A falar em códigos
desconhecidos,
Atenuava o cheiro da
codícia,
Do anseio de tanta coisa iliterada
que desejava,
E sabia nunca poder vir a ter,...
Esta irregularidade assim escrita se calhar,
Teria de terminar noutra língua,
Para refúgio,...
Just maybe
2020/11/08
Aquiescência
do novo silêncio nada se entendeu,
um sentimento de posse que acabava,
outro que tentava começar,
e tanto pesava um equívoco,
como se dissimulava uma certeza,....
dizíamos a quem quisesse ouvir,
que a dor de estar vivo,
é diferente do relógio que marca o atraso
que devemos à morte,....
o tal silêncio,
o que se refugiava nas cores hediondas
da insubmissão,
parecia ter ficado para trás,....
só nos restávamos como presença fixa,
no sumir afrontado da herança escrita,
que já não é nossa
Um dia gostava de saber escrever assim
alexandre o'neill / mesa dos sonhos
Meu corpo ao seu desejo violento
E lhe devoro o corpo lentamente
Todas as formas e começam
Todas as vidas
De novos sonhos a vida.
no reino da dinamarca 1958
poesias completas
assírio & alvim
2000
Cartilagens
Depois de comer.
quando a fome já não se
explicava a si própria,
O objetivo de coisas
entediantes como respirar,
Escrever cartas com
destinatários ao critério,
Passava a ser diferente,...
Tinha outro som,
As pessoas deixavam
de ser sempre iguais,
E o desejo até de escrever bonito,
Com osso lá dentro,
E cálcio para chupar nas cartilagens,
Também isso divergia,...
Agora quando anoitece,
Se calhar o cordel irá servir para enforcar
nem que seja menos um
2020/11/07
Parar, e pensar
O mundo não lhe ia fazer mal ao mesmo tempo,
Primeiro surgiriam os equívocos,
As estórias mal contadas,
Que se consolidaram deficientemente,
E agora obrigavam a ocultar sentimentos,
A fechar portas em nome de um bem maior,...
Por outras palavras,
Teria de se minimizar,
Como que entrar no mundo
dos insetos sofredores,
Porque assim tinha de ser,...
Não havia outra expetativa que não esta,
O tempo já tinha recomeçado a passar
2020/11/06
Sopa de lentilhas
Andam a descobrir corpos,
A terra parece ter nódoas depois de uma refeição de sopa de lentilhas,
Sem ter uma mãe que saiba limpa-las,
E um pai capaz de trabalhar para ganhar mais lentilhas,
E assim garantir que a sopa não falha,...
Temente ao silêncio,
À esperança de que assim se louve a diferença,
Pensava o pior,
A guerra inexplorada de sons abafados,
Talvez como a defesa possível das linhas
vazias de um ressurgimento da morte,...
E anotava - se como ser possível negar este tiro que furava um maxilar,
Permitindo que fosse o outro a fazer ressurgir a fala,
E adiar pouco mais que se descobrissem ainda mais corpos
2020/11/05
Praia alienante
2020/11/04
Cinematografia
2020/11/03
The most important day of my life... Happy birthday, V...
Antes do encanto o redondo dos desejos,
Esferica a resposta à glória da dedicação,
Com metro,
Passo a passo a lonjura para o compromisso,
Encurta a distância que tinhas prometido,...
Não estipulo a verdade,
Nem as críticas à sua hermenêutica,
Anoto só cada grito,
Todas as exaltacoes que são veículos,
Para as perfeiçoes possíveis,...
Ao longe a despedida,
Ao perto a frase embrulho que combinamos,
À medida,
Para a envolver
2020/11/02
Pesadelo indefinido
sonhar amedronta-me menos
do que pensava,
calçar sapatos que não são
os meus parece
ser a solução,
mas esfuma-se,...
o que esperava é que sobre
o animal que escorre sempre sangue
do rabo nada saísse,
os olhos se encovassem,
e a perceção
pesasse menos que o confronto,....
por isso nada reprova o que
se erra,
e menos ainda o que
fica por disputar,
sonhar amedronta-me
mesmo o
que se calhar deve