2021/06/24

Alumiar

 viver ao sol, 

recordar a menina 

dos olhos, 

que a sombra tapa 

e destapa, 

ao sabor da água fria,.... 


haja vontade de alumiar, 

recordar, 

bater em retirada 

se ler este livro, 

for mau, 

escrever este poema, 

entortar os dedos,.... 


e não há mais 

meninos alourados neste 

programa triste de televisão, 

só amizade falsa, 

e destapada




8 comentários:

  1. Respostas
    1. Por acaso pensado e escrito de certa forma com essa ideia
      😊

      Eliminar
  2. Mas a "menina dos olhos" controla a entrada de luz. Se no ambiente não houver muita luz, a "menina" se dilata. Acho que é defesa....rsrsrsrrs
    Uma poesia enigmática, bem ao estilo do poeta Porventura, que brilha e a "menina dos olhos", não esconde.

    Beijinhos, poeta.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Obrigado Maria Lúcia
      😊
      Sempre um estímulo ler os seus comentários

      Eliminar
  3. Um poema de verão, onde os programas tristes de televisão abundam. Para não falar das amizades falsas, mas estas abundam em todas as estações e são independentes do sol e da água fria. E até do entortar dos dedos...
    Bravo, o poema é excelente, gostei muito.
    Continuação de boa semana, caro Miguel.
    Abraço.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Obrigado Jaime.
      Um comentário válido e aprofundado como sempre
      Abraço

      Eliminar
  4. Tapar e destapar a menina dos olhos faço eu amiúde.
    Só a cubro completamente à noite na cama...veja só o paradoxo.
    Gostei das palavras que me lembram crianças cujo cabelo o sol e a água do mar, tornam louro como ouro...

    :-)

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. A luz para mim é infância. A alegria que ficou lá atrás é, se calhar, nunca mais volta na sua plenitude😊
      Obrigado pela presença

      Eliminar

Acha disto que....