Tirado daqui |
Foi o momento em que ela conseguiu olhar de frente o homem que a tinha atraiçoado. Nada de especial aconteceu. Ouvia, lá muito ao fundo, do que parecia ser um gaio assustado, e de quando em vez uma brisa surripiada ao Verão, que a deixava dormente enquanto se insinuava por entre o corpo que escondia em roupas sem história. Ele remetia-se ao silêncio, e ela aproveitava para falar conforme melhor tinha aprendido. Com os olhos. Considerava-se já poliglota no que chamava de "refúgio ocular". E a ele, dizia ter-se magoado. Ter deixado de saber chorar, escrever, e até encontrar conforto na dor suportável que o silêncio da solidão, de quando em vez, lhe conseguia trazer. O silêncio continuava. E talvez fosse melhor assim. Não havia defesa possível para a falta de arrependimento. E os olhos dele diziam isso. Os seus continuavam a falar,...mas sem serem ouvidos. Ao afastarem-se, mais uma vez sem ter sido necessária a linguagem verbal, acomodou-se no entardecer que a envolvia, como um xaile o faz a uma velhota esquecida no mundo. E talvez fosse melhor assim.
não sei o que seria melhor...
ResponderEliminarmuitas ilaçoes tiro desta escrita poética, muito dorida.
beijinhos
:)
Ainda bem
Eliminar:-)
Fico feliz quando levo as pessoas a tirarem ilações
Obrigado pela presença
Gostei de ler mas, confesso, complicado de comentar.
ResponderEliminarReparo: A letra não pode ser um pouco maior. É difícil de ler. Apenas isso
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Feliz fim-de-semana … Saudações poéticas
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Pensamentos e Devaneios Poéticos
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Toda a razão, ricardo.
EliminarJá está corrigido.
Obrigado e abraço.
Prosa poética, das dores de amor.
EliminarTalvez uma lágrima a cada sentimento vivido, teria resolvido esse imbróglio.
Gostei do formato, M
Abraços
Talvez poderia ter resolvido, sim
Eliminar🙂ibrigaso pela presença
Uma leitura que exige presença e profundidade de nós.
ResponderEliminarA melancolia escorre, de forma quase discreta, desse escrito.
Adorei!
Abraços e bom domingo!
Adorei o elogio
EliminarObrigado
😊