o anão esperneava, esbracejava com o jornal desportivo. um choupo, a casar com um salgueiro. E o vento insinuava tanta ideia de conluio entre árvores centenárias. As janelas do hospital pareciam tombar sobre a estrada, alumiando os carros que passavam, alternadamente, para se fazerem à curva acentuada à direita, que depois levava ao centro.
-Precisamos de um defesa central. Se não lá se vai a taça.
Subia a rua desorientado. Lembrava-me do meu avô. O homem vinha de jogar dominó no jardim da Parada, vestia o roupão por cima do casaco. E depois repousava sobre os resultados de domingo.
O amigo do anão já nem lhe ligava. Chegou-se uma senhora bem posta, com um casaco de popelina, um chapéu com duas rosas enegrecidas. Teria os seus sessentas, e o taxista agradeceu. Pôs uma primeira solta. O anão continuava.
-Vai-te embora. assim não me respondes.
Continuei lentamente. Não sabia onde ia. Também não me parecia interessar.
Um excerto de algo mais vasto?
ResponderEliminarQuem sabe? É uma hipótese
Eliminar😊
Gostei da narrativa.
ResponderEliminarE o texto pode ter continuidade. O limite poderá mesmo ser um romance...
Bom fim de semana, caro Miguel.
Abraço.
Obrigado Jaime.
EliminarFoi so um devaneio
:-)
Abraço