lembrava-se da mãe,
do que lhe dizia abrigada da chuva,
para preservar momentos em vez,
de embalar indecisões,
para se dizer insuficiente a quem
o quisesse menorizar,
tanta coisa que por se lembrar
dela,
cada dia custava menos
ser só,
abundantemente só,
tão só que o dedos dos pés
lhe doíam de tanto fugir,
da própria solidão,....
e claudicar à entrada de uma
invisível melhoria de sentir,
parecia errado,
por isso iria continuar,
agora sem se lembrar do que
tinha anotado,
nos trapos que vestiu em criança
Infâncias infelizes que marcam pela vida fora. Boa noite.
ResponderEliminarA memória doi
Eliminar. É cruel.
Obrigado pela presença
Há sabedoria em "preservar momentos, não embalando indecisões". Um aprendizado da infância que não se perde. Nem todas as memórias trazem tristeza, independente de não coroadas de luzes e de cores. A solidão a ninguém faz bem e não se assemelha à decisão de se estar só. Gostei muito do poema, sensível e belo. Abraço.
ResponderEliminarBelos e profundos são sempre seus comentários
Eliminar😊
Obrigado pela presença