eu não podia tocar de ouvido,
nem ouvir o que restasse de uma
sextilha de sons,
mal tocados,
irrisórios,
que passavam pelos intervalos do ar,
até lamber a desfaçatez habitual da
distração das pessoas,....
não percebia,
ao dizeres-me que a audição dos
que amamos,
é oca,
sem miolo de esquecimento,...
e por não perceber,
arrastava o meu corpo na
areia,
de todas as praias que conseguisse,
desenhando nomes inconcebíveis,
datas que hão-de vir,
sentimentos por inventar,
à espera se calhar que o tempo
inche,
e expluda,
e só restemos nós,
como fiéis da transparência
O desconhecimento do que nos espera apresenta-nos ideias inconcebiveis do que será o futuro.
ResponderEliminarO futuro assusta me
EliminarAssusta nos
É um monstro invisível que nos pode matar e destruir
Triste, mas real
Obrigado pela presença
Você fez um belo passeio poético, onde falhas de percepção e de entendimento justificam as interrogações e a conclusão do poeta, num compreensível misto de insegurança. Abraço.
ResponderEliminarGostei da ideia de passeio poético
Eliminar😊
Obrigado pela presença, como sempre
Poema em "viagem de pensamento" que muito gostei de ler. O imaginário não tem distância nem limites...nem transparências corretas.
ResponderEliminar.
Abraço … Cuide-se
.
Pensamentos e Devaneios Poéticos
.
Agradeço:-)
EliminarSó nos resta mesmo o pensamento neste tempo de terror que vivemos.
Obrigado.