2008/06/07

Ao tinho quinho


vi o fulgor com que a estrela se desvaneceu, e tombou fulminante no mar que cheirava a aço laminado. em menos de dois passos, já estava na rebentação cor de nada, com cuidado a pedir partilhas. sobraram dois nadas, rosados, polígonos que brilhavam e exalavam bem querer. acariciados, bem-fazejos, fizeram do tudo um ser pequenino. de tão frágil, suava grandeza. chamei-o meu, e hoje é quase do mundo. porque meu, e da minha metade, é só o amor pelo muito que ele entoa ao vento da vida.

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