se contas de novena existissem, quocientes de tosquice restariam. No país dos matemáticos, ninguém ousa desmentir a racionalidade. O sol nasce sempre do mesmo lado do céu que, recortado, desvenda um anoitecer trigonométrico. O quadrado da hipotenusa da alma das pessoas, é sempre inferior ao resto zero dos sonhos que ficam por cumprir. No país dos matemáticos não há dinheiro, porque divisa é o beijo que o prior dá ao seu acólito. Muito menos existem empréstimos. Tudo o que se quer de prático, só se sonha. As coisas acabam por acontecer, mais ou menos quando o sol se põe.
No país dos matemáticos, há um eminente déspota que dorme em subterrâneos instáveis. Gosta de saborear felizes ideias tanatológicas. Coisas indiscritíveis, e que nem uma equação consegue apreender. No país dos matemáticos, as pessoas nem se atrevem a dizer olá. Apenas meneiam a cabeça, e sorriem. São sinais indiscutíveis de simpatia.
2008/06/24
Quarto em crescendo
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Etiquetas
'Depois de almoço'
(9)
'abrir os olhos até ao branco'
(2)
'na terra de'
(2)
Absurdo
(62)
Blog inatingiveis
(4)
Contos
(61)
Dedicatória
(22)
Denúncia
(2)
Dia Mundial da Poesia
(7)
Diálogo
(6)
abstracao
(1)
abstrato
(197)
abstração
(19)
acomodações do dia
(1)
acrescenta um ponto ao conto
(1)
alegria
(2)
alienação
(1)
amargo
(4)
animado
(2)
animais
(4)
aniversário
(11)
antigo
(1)
antiguidade
(1)
análise
(1)
atualidade
(2)
auto
(1)
auto-conhecimento
(4)
autor
(12)
blogue
(10)
breve
(4)
casa
(1)
casal
(1)
coletâneas
(2)
companhia
(1)
conformismo
(3)
conto
(4)
corpo
(5)
crossover
(4)
cruel
(1)
crónica
(1)
curtas
(8)
depressão
(6)
dia da mulher
(1)
diamundialdapoesia
(2)
dias
(1)
dissertar
(11)
divulgação
(1)
do nada
(5)
doença
(1)
escrita criativa
(1)
escritaautomática
(10)
escritores
(12)
escuridão
(2)
pessoa
(6)
pessoal
(33)
pessoas
(13)
Sem comentários:
Enviar um comentário
Acha disto que....