não sei como se fazem contas inesperadas,
nem a raíz do meu pensamento
cabe num cálculo,
divirto-me com o incomensurável,
a roupa impressionista que me
impede a morte por lapidação,
tanta coisa que somo,
sem que subtrair seja uma hipótese,...
racionalmente,
tudo se faz à míngua de perceção na minha cabeça,
a fronte lateja,
a dor vem e vai,
sem que pela cor seja reconhecida,
pelo peso seja esfacelada,...
não me reconheço num verso,
não canto sequer o poema que esperam de mim,
só sei que nada me esqueço,
com a escrita limitada que tenho