há tanto tempo que nem chuva, nem sol. Só uma ânsia de caminhar em pasto seco, com um bordão a abrir caminho, e dois motes de existência planeados. Para o primeiro nem havia palavras, só ações. Andar, andar sem destino. Passar pelos fins de Primavera molhados, com chão a sangrar de um castanho pastoso e pestilento,.... irromper nos matos virgens de início de estio, que ardem sem chama a ponto de morrerem ainda antes de nascer,.... e perto do fim de um percurso sem destino, cheira a Outono. Aqueles minutos antes da total loucura, com árvores que balouçam ao vento, inconsequentes, despidas de roupa e de desejos frutificados de uma existência terrena. Se chegar ao fim significar frio,.... uma inusitada perda de pele, sentindo que tudo pode voltar a recomeçar, valerá a pena. Quem sabe se valerá a pena o Inverno, como razão sem dono
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Em qualquer dos planos o texto sugeriu-me a imagem de alguém que faz o Caminho de Santiago. Interessante texto.
ResponderEliminarBoa Noite.
Talvez.
EliminarNão tinha pensado nesse prisma religioso, confesso.
Obrigado pela presença
😊
Dois planos, um de ações e outro de ideias. Para as ações, não obstante se possa apenas andar, não haverá como isolar a mente de pensamentos. E para as ideias, impossível não traduzi-las em palavras, mesmo que não caibam em infinidade de poemas. Criativo! Abraço.
ResponderEliminarObrigado pelo comentário e análise inteligente do texto😊
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