antónio ramos rosa / mas agora…
toda a sombra é fria e todo o sangue é pobre.
Escrevo para não viver sem espaço,
para que o corpo não morra na sombra fria.
Sou um campo abandonado. A margem
sem respiração.
a ciência certa da navegação no espaço,
o corpo abre-se ao dia, circula no próprio dia,
o corpo pode vencer a fria sombra do dia.
ao lume certo do corpo que se despe,
todas as palavras ficam nuas
na tua sombra ardente.
matéria de amor
editorial presença
1985
E desse escrever que eu gosto, é essa escrita que eu amo e admiro.
ResponderEliminarQuando descobrir como se chega lá, diga-me como fez.
Quero fazer igual!
Um abraço.
Suspeito que nunca vou conseguir
Eliminar:-)
Mas pelo menos vou tentando.
Obrigado pela presença
Tentar eu também tento, mas fico sempre muito aquém de si e de Ramos Rosa. Essa é a verdade nua e crua. :(
EliminarO segredo, como em tudo na vida, acho que é a prática
Eliminar:-)
Realmente, é muito belo o poema que escolheu! A última estrofe é de grande encantamento. Abraço.
ResponderEliminarSim, gostei muito.
EliminarAbraço.
Não sei se sei escrever assim ou parecido. Gostei muito de ler
ResponderEliminarBom fim de semana
Eu sei que não sei
Eliminar:-)
Mas não fico triste. Vou tentando.
Obrigado pela presença, e bom fim de semana
Grande poeta, grande poema, grande praticante da beleza.
ResponderEliminarSem dúvida.
EliminarLindo.
Obrigado pela presença