os cães,
os mesmos que nos cheiram como acossados
de qualquer coisa,
eles conseguem ver o vento,
foi um velho que mo disse,...
e mostrava-me os dedos,
um por um,
dois a dois,
depois a mão toda,
e fechava os punhos,...
dizia-me que o ódio é difícil de escrever,
mas fácil de cantar,
por isso culpava os cães até do rasto que custava
a secar naqueles dias de chuva,
meio tosca,
e quando via um,
arranjava sempre o seixo mais redondo,
e esforçava-se por lhe bater no meio dos olhos,...
só que o raio dos bichos fugiam,
já tinham aprendido a morder-lhe o rasto das
botas cardadas,
e ir fussar noutros sítios,...
enquanto isso os relógios nunca
queriam parar
Um poema sobre alguém zangado com a vida que assim se expressava.
ResponderEliminarBoa Noite.
Boa noite.
EliminarTalvez. É uma interpretação
Este é daqueles casos em que aceito qualquer leitura
😊. Obrigado pela presença
Atirar pedras aos cães era o desporto favorito das crianças...
ResponderEliminarExcelente poema, gostei muito.
Continuação de boa semana, caro Miguel.
E um Feliz Natal (apesar do vírus).
Abraço.
Obrigado Jaime.
EliminarÈ uma recordação muito violenta, que eu admito o poema traz
:-)
Mas pronto.
Abraço, e retribuo os votos de feliz natal.
Poema muito bonito. A relembrar que toda a violência gratuita nunca deve ( nem pode) ser apanágio de vida e amor.
ResponderEliminar.
Cumprimentos
Obrigaod pela apreciação ricardo.
EliminarFico feliz que o que escrevo impressione pelo alerta de consciências
Ainda bem.
Abraço
Qualquer tipo de violência deixa marcas. Até os cães, tão apegados aos donos, sabem deles fugir quando maltratados. O ódio se esconde atrás de palavras outras. E é tão difícil de escrever quanto de cantar, pois não oferece qualquer estímulo ou inspiração. Abraço.
ResponderEliminarPois é
EliminarPor isso é um desafio
Obrigado pela presença