quando o pó assentou,
não havia caminho para que a discussão
continuasse,
ao longo dos meses o anotador
oficial insistiu que não se provava o
erro,
desautorizava vozes discordantes,
enquanto alinhava pilhas de livros
censurados,
escondidos da inutilização que o sol lhes concedia,...
em verso,
acumulava ódios,
desenhava figuras invisíveis
na escuridão vetusta do passar
dos segundos,
e envelhecia para o lado que
menos interessava,
o da solidão,....
a barbárie entretanto voltou,
e não admitia mesmo assim que
a discussão continuasse,
um dia vieram os defensores do
indefensável,
e arrastaram-no pela rua até
que perdeu a cor desafiante,
e terminou roído pela infâmia,
e escudado pela morte
Um fim previsível para quem capitaliza ódios. Gostei.
ResponderEliminarBoa Noite.
Obrigado pela leitura e análise correta
Eliminar😊
Boa noite
Li em seu poema uma forma de justiça pelas próprias mãos. E compreensível, embora eu, por força da profissão , não o pudesse admitir. Gostei!
ResponderEliminar😊Não tinha pensado nesse sentido.
EliminarMas é coerente.
Obrigado pela apreciação
😊