2021/05/21

Dor


 tem de doer,  

o que admitimos, 

o que deixamos fugir, 

a loucura indecente de dedos 

soltos, 

a incoerência de tudo 

o mais que não se explica,... 


assim como o vento, 

tem de doer, 

e já que se transporta 

para céu aberto, 

haja a fluência de línguas mortas, 

para que a fazer sentido, 

deixe de doer, 

por momentos que valham a pena

4 comentários:

  1. Dói o arrependimento da insensatez indecente da loucura dos dedos.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Dói especialmente perceber o que não conseguimos acompanhar

      Eliminar
  2. Prefiro pensar na ausência de dor, ainda que ilusória. Porque tudo o que digo, penso e faço, vale a pena. :)

    ResponderEliminar

Acha disto que....