2021/05/13

Descomissionamento

 


Continuei a rastejar,

Fugia,

Fugia,

Até sentir que eles já não me queriam ver mais,

O caminho estreitava,

Era dia só lá muito ao fundo,

E a minha pele ia ficando pelo caminho,

Retirada pedaço a pedaço numa espécie de 

descomissionamento inusitado,

E inevitável,...


Foi só mais um romance dos que,

Consegui escrever na minha cabeça,

E nunca tive de terminar 

8 comentários:

  1. Há romances que não são para terminar...
    Magnífico poema.
    Continuação de boa semana, caro Miguel.
    Abraço.

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  2. Existem no nosso imaginário/pensamento, poemas/romances que começam mas nunca acabam. E porque não acabam? por o nosso imaginário é o mais fértil dos campos floridos, onde as flores se renovam, seja ou não, Primavera.
    Gostei muito da intensidade poética deste poema, passe a redundância.
    .
    Abraço virtual
    .
    Pensamentos e Devaneios Poéticos
    .

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Obrigado ricardo
      :-)
      Excelente elogio precisamente aquilo que eu mais busquei

      Eliminar
  3. Teu romance inacabado
    Tem amor e poesia
    E o amor terminaria
    Pela fuga do lado
    Para viver num estado
    De querer o adiamento
    Desse amor com advento
    Da paixão que prende a gente
    E em que tudo faz-se urgente
    Até vir o casamento.

    Belo poema! Abraço. Laerte

    ResponderEliminar

Acha disto que....

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