2018/10/26

Usual esquecimento

hás-de encontrar o que sobra,
o que resta,
aninhado nos enleios
do chão sujo de memórias,
com o sangue do
último sacrifício
incrustrado,
em semente,
ao canto de uma sala
qualquer do que foi a tua vida,...

enquanto isso a água
corre lá fora,
com um vento
assemelhado
aos lobos da noite,
soltos pelo prado,
falando impropérios
em todas as línguas do mundo,...

não sei mais
se dizer-te para esperar,
servirá para pintar este,
como outro quadro,
sem autor,
esquecido


Sem comentários:

Enviar um comentário

Acha disto que....