De um livro sem beleza recordam-se as pessoas inseguras. As casas mal decoradas, e com um cheiro incapaz de ser dado a conhecer pelo correr das páginas. Ficam, talvez, um ou dois choros mais profundos das crianças que nem se nos acomodam no branco dos olhos, porque nem sequer existem. Estão mal descritas. Não se vestem, só se deixam ali ficar, a olhar para o infinito com a noção de que irão desaparecer mais depressa ainda do que foram metaforizadas.
De um livro sem beleza, nasce a ideia gélida, assustadoramente enevoada, de que ler não leva a lado nenhum. De que só os fracos aceitam ler, para se distrairem o tempo suficiente para que quando dão por eles, a morte já lhes bate à porta a pedir almoço, e jantar, e depois um bilhete de ida no táxi da certeza magnanime da vida.
Vários livros sem beleza passaram pelas minhas mãos. A nenhum senti as peles lustrosas de mulheres que valham a pena. As vidas preenchidas de velhos, dissecadas em passos seguros rumo ao enobrecimento pessoal.
De um livro sem beleza, espera-se o silêncio....
De um livro sem beleza, nasce a ideia gélida, assustadoramente enevoada, de que ler não leva a lado nenhum. De que só os fracos aceitam ler, para se distrairem o tempo suficiente para que quando dão por eles, a morte já lhes bate à porta a pedir almoço, e jantar, e depois um bilhete de ida no táxi da certeza magnanime da vida.
Vários livros sem beleza passaram pelas minhas mãos. A nenhum senti as peles lustrosas de mulheres que valham a pena. As vidas preenchidas de velhos, dissecadas em passos seguros rumo ao enobrecimento pessoal.
De um livro sem beleza, espera-se o silêncio....
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