2018/08/01

Primeira de agosto

acabo isto amanhã,
talvez se as coisas deixarem de se pintar a si próprias com um contorno amarelecido,
quase como se visse tudo no meio da pútrida evolução do tempo,
com a morte a caminhar de tamancos,
a apascentar as vacas antes de nos bater à porta,...

o que tenho para escrever resume-se com um adjetivo,
intenso,
passos fortes na saída do café,
dizer adeus à rotina indefinida do não ter nada para dizer,
e estar só para completar um círculo inteiro de comiseração,...

sim,
acabo isto amanhã,
hoje vou chorar de cansaço até adormecer

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