começa com um “estive algum tempo longe daqui”. e não havia capitulares nas frases. Nem murmúrios que furassem a fortaleza dos teus lábios. tudo se pintava da cor da tua pele quando, nua, era uma fortaleza de silêncio que te rodeava. e eu ficava ao longe, como o invasor que o povo rechaça, mas secretamente deseja.
agora voltei. não tenho nome. nem idade. desfiei-me, desintegrei o meu ser em tantos livros. bebi o suficiente para não voltar a ser o mesmo em cada dia, e ter uma idade e uma experiência de vida diferentes, em cada vez que me enfrentava ao acordar.
chamo-me anónimo, agora, com a honra que consigo carregar às costas. e tu, como te chamas? não te conheço. sinto nos ossos que me expulsaste dos teus sonhos, e revejo-os agora, frame a frame, negros como a noite que me furava os olhos, por cada janela que espreitei ao longo de todo este tempo.
não há virtude nisto que te digo, ou escrevo, conforme te adaptares melhor. Só o desespero suficiente para, se quiseres, espalhares no pó do chão desta casa, em versos que não façam sentido. já cá não estarei quando, e se, florescerem
Quando partimos, se regressarmos, já não somos o mesmo.
ResponderEliminarPois não.
EliminarÉ um facto
Obrigado pela presença
Gostei do texto, uma prosa poética com sabor a despedida.
ResponderEliminarAbraço amigo.
Juvenal Nunes
Ainda bem que gostou juvenal
EliminarTb gostei de o escrever
Abraço
Gostei desta prosa!
ResponderEliminarBjxxx
Ontem é só Memória | Facebook | Instagram | Youtube
Ainda bem
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Obrigado pela presença
Hermosa reflexión.
ResponderEliminarUn fuerte abrazo y feliz semana.
Muchas gracias por tu presencia
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Gostei muito.
ResponderEliminarSomos, tantas vezes, anónimos para quem não o desejávamos ser...
A cada dia que passa essa é uma ideia cada vez mais oresente
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