não importa, na verdade, se eu no décimo primeiro dia de mil novecentos e noventa e três me estava a sentir mal. Nem se estava sozinho, sentindo o avesso de tudo o que já tinha experimentado. Só me recordo de que, naquele momento, e pelo menos nos tempos que se seguiram, o relógio parou. Não havia nem deve, nem haver. As coisas estagnavam à porta do meu ser, porque eu não permitia a sua entrada no registo transversal da minha existência.
Sabia que era um puto sem eira nem beira. Vestia-me mal. A comida sabia-me a lama. Não importava, realmente, se os barulhos que ouvia ao acordar de manhã, e os que tentava afugentar ao adormecer, importavam para alguma coisa. Ao meu lado na cama, estava sempre um buraco enorme, que eu sabia não estar lá, mas que me acompanhava ridiculamente a cada noite.
E sei que me cravei à vida naquele dia.
Não consigo escrever mais que isto.
Sabia que era um puto sem eira nem beira. Vestia-me mal. A comida sabia-me a lama. Não importava, realmente, se os barulhos que ouvia ao acordar de manhã, e os que tentava afugentar ao adormecer, importavam para alguma coisa. Ao meu lado na cama, estava sempre um buraco enorme, que eu sabia não estar lá, mas que me acompanhava ridiculamente a cada noite.
E sei que me cravei à vida naquele dia.
Não consigo escrever mais que isto.
Uma bela forma de dizer que que estava num dia não.
ResponderEliminarCumprimentos
Os Piruças
Obrigado, os piruças.
ResponderEliminarSempre agradável a visita dos piruças
:-)