2018/11/09

Geometria da ausência


os teus olhos não me namoravam os círculos dos dedos. Só prisioneiro da vida em esfera, podia pesar o suficiente as indecisões para que lá na precisa referência ao que, obscuramente, me dizias com um sorriso, tudo se resumisse à triangulação do que já não tenho para te dizer . Sobram-me apenas fardos sem sentido de sorrires que, sei-o, só tu me soubeste dar. Coisas, aqui e ali, do que me ensinaste a escrever. Sempre os mesmos poemas, mas sinceros, retangulares, com forma de jardim onde nunca estive mas em que talvez já tenha dormido.
Pequenos círculos de um odor a morte inundam-me o palato, agora que já é o primeiro dia sem ti 



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