diz-me que sabes escrever
as pedras,
e por pedras entendo os
chamados rendilhados do
tempo sem uso,
e diz-me que das pedras farás
amores-perfeitos,
daqueles capazes de se dormir em cima,
e dos amores-perfeitos morrerão
pulmões corroídos por cancros,
e dos cancros nascerão crianças,
e das crianças sairão frustrados,
incapazes sem roupa,
e que andam nus pela casa a
desfiar o cordão da vida,
até ele acabar,...
e quando já se te acabarem os pés,
diz-me que preferes ser analfabeto,
e que da felicidade que daí surgir farás
flores de papel,
para distribuir aos indecisos,
que sorvem indecisões em
vez de se contentarem com
copos de água envenenada,
e para terminar com redondéis
como estes,
sem nome,
e que fumam todos os cigarros
de terra do mundo,
diz-me que já sabes escrever outra vez,....
eu vou fingir que nunca te conheci,
para ser melhor assim
as pedras,
e por pedras entendo os
chamados rendilhados do
tempo sem uso,
e diz-me que das pedras farás
amores-perfeitos,
daqueles capazes de se dormir em cima,
e dos amores-perfeitos morrerão
pulmões corroídos por cancros,
e dos cancros nascerão crianças,
e das crianças sairão frustrados,
incapazes sem roupa,
e que andam nus pela casa a
desfiar o cordão da vida,
até ele acabar,...
e quando já se te acabarem os pés,
diz-me que preferes ser analfabeto,
e que da felicidade que daí surgir farás
flores de papel,
para distribuir aos indecisos,
que sorvem indecisões em
vez de se contentarem com
copos de água envenenada,
e para terminar com redondéis
como estes,
sem nome,
e que fumam todos os cigarros
de terra do mundo,
diz-me que já sabes escrever outra vez,....
eu vou fingir que nunca te conheci,
para ser melhor assim
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