2018/11/02

Esperança de papel a voar como pássaro

para quê as escaras?,
as peles resolvidas de
choro,
cravadas de sangue invisível,
com as noites mal dormidas,
as vivências inutilmente escritas
a transparente,
para que acabem no centro
de todas as praças do mundo,
sublinhadas com gritos,...

no final do riso,
disse-te que viria um
fim travestido de inocência,
e que não haveria estigmas
suficientes para que,
no meio dos lamentos,
sobrasse qualquer ponte para
uma esperança com forma de pássaro,...

a voar em todas as palmas
das mãos dos esvaziados
de crer,
que sobrassem,
ao cimo desta montanha
onde sei que terei
de esperar pelo fim





Tirado daqui

2 comentários:

Acha disto que....