qualquer coisa a um tempo
escrito a diáfano,
enrolado na cacimba surge
o velho das madrugadas,
casa despida de segundos
esguios a escorrerem
pelas paredes,...
desce o empedrado
trôpego,
ar metido para dentro
com névoa da morte,
vai parar na esquina
para jurar aos finados
que há-de comer amargo
nesse almoço,
cruza-se com o fungar
do cão mais livre
daquela invernia,
cheira-lhe o rasto
e evapora-se no nevoeiro,...
a luz daquele lugar
abre um olho,
e depois
mais um,
do céu escrito a
chumbo descem
poemas de fim,
há um coração
cansado do espirrar
dos dias,
tombado com
duas pernas
e dois braços,
e um halo debruado
a conformismo,
morto,...
só o chora o cão
mais livre daquela invernia
escrito a diáfano,
enrolado na cacimba surge
o velho das madrugadas,
casa despida de segundos
esguios a escorrerem
pelas paredes,...
desce o empedrado
trôpego,
ar metido para dentro
com névoa da morte,
vai parar na esquina
para jurar aos finados
que há-de comer amargo
nesse almoço,
cruza-se com o fungar
do cão mais livre
daquela invernia,
cheira-lhe o rasto
e evapora-se no nevoeiro,...
a luz daquele lugar
abre um olho,
e depois
mais um,
do céu escrito a
chumbo descem
poemas de fim,
há um coração
cansado do espirrar
dos dias,
tombado com
duas pernas
e dois braços,
e um halo debruado
a conformismo,
morto,...
só o chora o cão
mais livre daquela invernia
Muito intrigante. Lembra-me a frase de "empurrar a vida com a barriga". Gostei imenso. :D
ResponderEliminarObrigado Carolina.
ResponderEliminar:-)