cinquenta anos antes,
contados a pernas de medo,
lembrava-me do jardim que media
com revirares de órbitas,
falava comigo a amarelos,
sem que dele percebesse que outrora
tinha sido uma senhora que esperava a morte,...
também me recordava do bater diferente da chuva,
que soava aos batuques de folclore daquelas
festas de interior esquecido,...
cinquenta anos antes,
nem sequer tinha existência corpórea,
mas lembro-me dos passeios da língua,
a forma como qualquer ser que respirava,
se fazia entender apenas pela pele invisível
e escarada,
a mesma que prendia à pobreza,...
cinquenta anos antes,
apareceu definido na porta para a dimensão
de medo em que hoje acordei
Tirado daqui
contados a pernas de medo,
lembrava-me do jardim que media
com revirares de órbitas,
falava comigo a amarelos,
sem que dele percebesse que outrora
tinha sido uma senhora que esperava a morte,...
também me recordava do bater diferente da chuva,
que soava aos batuques de folclore daquelas
festas de interior esquecido,...
cinquenta anos antes,
nem sequer tinha existência corpórea,
mas lembro-me dos passeios da língua,
a forma como qualquer ser que respirava,
se fazia entender apenas pela pele invisível
e escarada,
a mesma que prendia à pobreza,...
cinquenta anos antes,
apareceu definido na porta para a dimensão
de medo em que hoje acordei
Faz-me lembrar o meu pai quando fala das fotografias da nossa terra, chaves, quando era tudo diferente.
ResponderEliminarLindo texto
Obrigado:)
ResponderEliminarÓtimo quando alguém sente algo com uma criação :)