2018/05/05

Primavera restada a um adeus

a ver-te à espera de um mar,
com olhos de maré cinzenta que rebate
na praia que chora,
fruimos ambos de um horizonte com poemas
por escrever,
o mesmo que nos dava o dar de passos
que calcam na areia o bem querer,
as esperas finalmente descritas nestes momentos
que sabemos acabarem com o adeus,
o até que o tempo queira,..

e um abraço restado ao vento,
a todos os entardeceres resumidos naquele
fechar de céu em chumbo,
e o começar a chover,...

pudesse este pedaço de universo caber nos
passos opostos que demos,
até nunca


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