2018/05/02

Ode limitativa

na tua indiscutível visão do pleno,
arranjei forças para me esconder onde o horizonte de papel se incendiava,
fui de meter mãos às cinzas de prado queimado,
que deixavas chover em mim como se merecesse a benção,...

durante muito tempo duvidei deste lugar que só achava desenhado quando saías,
e no teu lugar ficava aquele canto de Terra onde nem o vento sopra,
porque ninguém está lá para o ouvir chorar,...

se encontrares para mim um sítio invisível neste desfazer de insónia,
a promessa em verso faço-te de me liquefazer no teu sangue,
o mesmo onde tomei banhos de solidão a teu pedido


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