já a rapariga do dorso azul
se tinha apressado a ir ao mercado,
nevava no centro da cidade,
e por mais que fosse prudente esperar,
o professor de filosofia estava com um
ar 'kantiano' à espera,
para que a conversa fosse produtiva,...
havia comida nas mesas de todas
as esplanadas,
e as pessoas falavam com uma alegria
indefinida,
escondendo os olhos entre as mãos
para perpetuar o silêncio,...
a rapariga do dorso azul,
esperadas todas as horas necessárias,
percebeu que o professor de
filosofia não viria,
levantou-se e surgiu o vento,
que a encaminhou de volta à realidade